domingo, setembro 02, 2012

Matéria História e Geografia


PRÁTICA DE ENSINO - DICAS
 
AULA 1 
Pg 20 - Com o objetivo de deslocar a proposta do ensino de História que tinha como foco principal os heróis, fatos e datas, professores e pesquisadores articularam o construtivismo com diferentes correntes historiográficas, elaborando outras propostas para a educação histórica.
Diferentemente de começar as aulas de História com os heróis mais remotos da antiguidade, propunha-se partir da história de vida dos alunos; em vez de seguir religiosamente a cronologia, discutia-se o uso de temas significativos para os alunos, partindo do presente para depois relacionar com outros momentos históricos e espaços geográficos distintos.
Dessa forma, os temas e as formas de se ensinar História se multiplicaram, valorizando a utilização de documentos históricos, entrevistas, imagens como recursos de informação, para os professores e os alunos não ficarem restritos ao uso dos livros didáticos; muitos professores produziram o seu próprio material didático, pois estavam preocupados com a qualidade de ensino e com uma nova prática pedagógica.
No bojo dessas discussões, os alunos deixaram de ser um agente passivo no processo de ensino e/ou aprendizagem, ao mesmo tempo em que foram considerados sujeitos históricos. Novos objetos e novas abordagens foram discutidos para ingressarem no currículo escolar, como, por exemplo, a história dos excluídos, da classe operária, das regiões, a valorização da interpretação marxista para o ensino da História.
Pg 21 - Evidentemente, nesse processo, o professor também assume a posição de agente de mudanças. Ao assumir o seu papel na construção de conhecimentos, possibilitará a análise dialética do espaço favorecendo propostas capazes de permitir ao aluno entender a geografia como ciência que pesquisa o espaço geográfico, concebendo-o em continua transformação. Em relação ao ensino de História, é muito evidente que não é suficiente que o aluno tenha uma boa memória em relação aos fatos, nomes e datas, é primordial que os alunos tenham experiências em análises de documentos, filmes, fotografias, monumentos, jornais, revistas, para que eles consigam produzir conhecimento histórico a partir das estratégias utilizadas pelo historiador, o questionamento da realidade, a busca e a sistematização de informações. Portanto, o mais importante é que os alunos tenham ferramentas para compreender melhor o mundo em que eles estão inseridos.
   AULA 2
Pg 38 - As crianças são, desde cedo, expostas a essas transformações e, se bem orientadas, podem perceber com maior clareza o que acontece no espaço ao seu redor, ou seja, no meio social em que vivem. Assim, elas podem entender e se apropriar do espaço geográfico e de sua história. As experiências pessoais, o espaço vivido, são fundamentais para a formação da consciência de si próprios e do mundo. Podemos destacar como importantes desafios do ensino de Geografia: levar o aluno a compreender o espaço geográfico e a sua transformação ao longo do tempo; contribuindo, assim, para a formação de cidadãos críticos. Além de aprenderem a ler, escrever e pensar estudando Geografia, os educandos se apropriam dos conhecimentos da Geografia para formular suas próprias hipóteses e pesquisar a fim de encontrar respostas às questões que os inquietam.
Por um lado, o conhecimento histórico contribui para o indivíduo refletir criticamente sobre a sociedade, perceber que no processo de construção do presente houve diversas escolhas que favorecem um grupo ou outro. Por outro lado, o processo de escrita da história, o trabalho do historiador, reflete também uma determinada visão de mundo, sendo uma interpretação bem fundamentada sobre o passado, logo a interpretação sobre o passado também defende interesses de grupo. Para que o cidadão atue criticamente na sociedade em que está inserido, é necessário pensar sobre o presente, não aceitar as informações como verdades absolutas e encontrar estratégias para a sua realização pessoal.
Pg 41 - As formas de explicar o mundo da Geografia e da História passaram por mudanças ao longo do tempo. O conhecimento histórico e geográfico contribui para a inserção do indivíduo na sociedade com autonomia, reconhecimento de sua identidade, participação política qualificada. Justifica-se, assim, a sua importância na educação básica.
   AULA 3
Pg 46 - Então, no século XIX, apenas os homens ligados à elite de um país poderiam ser considerados sujeitos históricos, homens que, por meio de sua ação na sociedade, poderiam contribuir para mudá-la. Essa história oficial está na nossa memória, repetida diversas vezes na escola, e enfatizada pelos feriados nacionais.
Pg 47 - Então, sujeito histórico é todo homem que contribui para a mudança, ou permanência, da sociedade. Assim, temos a possibilidade de diversas histórias: a história pessoal, a história da escola, a história da cidade, a história do estado, a história do país, a história do mundo, a história da empresa. E, nesse cenário, os sujeitos históricos são múltiplos, e não, necessariamente, apenas um homem. O sujeito histórico pode ser: uma pessoa, um grupo, as pessoas de uma cidade, as pessoas de um país, o conjunto da humanidade.
Pg 49 - No entanto, da mesma maneira que há várias formas de sujeitos históricos, também há vários fatos históricos, e em níveis diferentes. Para a vida de uma pessoa, o primeiro beijo, o casamento, o ingresso na universidade, passar no concurso público, são momentos marcantes que contribuem para a maneira de ser do indivíduo, que são registrados em sua memória e que favorecem a construção de uma identidade individual.
Portanto, antes de trabalharmos com os grandes eventos que constituem uma determinada memória social sobre o Brasil e o mundo, que estimula a construção de uma identidade coletiva, devemos trabalhar, na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, a história do aluno e da comunidade que está em volta dele, para que ele se reconheça como sujeito histórico, e, portanto, como homem capaz de produzir fatos históricos.
Pg 51 - Ideias Chave -  O homem é o principal agente transformador da sociedade, por isso ele é considerado um sujeito histórico.
A preservação da memória cumpre a função de valorizar uma determinada história, geralmente a interpretação do grupo social dominante da sociedade que, ao mesmo
tempo, acaba defendendo os interesses de seu grupo social.
 
Bons Estudos


Para facilitar nossos estudos e entendimento sobre a aula 4
RESUMO AULA 4
Geografia Quantitativa – trata o espaço como recipiente de coisas localizáveis, preocupada apenas com a organização espacial (onde está cada coisa) para poder estabelecer um modelo.
Geografia Crítica – o espaço geográfico é resultado da ação dos homens sobre o meio, através do trabalho. Ele é historicamente constituído, ou seja, uma herança das gerações passadas para a nossa geração e das gerações atuais para as futuras. O espaço é uma manifestação concreta da sociedade que nele vive.
Yves Lacoste foi o principal pensador da Geografia Crítica e o mais importante crítico da Geografia Tradicional.
Geografia dos Estados-Maiores - sempre esteve ligada à prática do poder, uma vez que é importante ter informações que facilitem as estratégias de domínio dos territórios. Ou seja, conhecer bem o território significaria ter poder.
Geografia dos Professores – teria a função de mascarar a existência da ‘Geografia dos Estados­Maiores’, apresentando, em sala de aula, o saber geográfico como algo neutro e inútil e tornando-o desinteressante para a maioria dos alunos.
Segundo Santos (1988), Paisagem “é tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança”. O domínio do visível, aquilo que a vista abarca. É a porção visível do espaço geográfico, constituída por elementos naturais e artificiais. A paisagem é uma construção transversal: nela pode-se ver o passado e o presente. No centro de uma grande cidade, lá você pode ver elementos construídos no passado e também elementos construídos no presente.
A paisagem é uma realidade atual construída pelo acúmulo de acontecimentos e eventos do passado. Nela podemos observar os processos de mudanças ocorridos na sociedade. Isso pode ser observado, por exemplo, através de fotografias de um mesmo lugar em períodos diferentes, quando é possível percebermos o que permanece e o que foi alterado. As paisagens estão impregnadas de relações humanas, traduzidas em diferenças sociais e econômicas e, quando as observamos atentamente, somos capazes de analisar e entender melhor a sociedade em que vivemos.
As alterações causadas pela natureza, exemplo da erosão, são percebidas mais lentamente, enquanto as alterações feitas pelo homem são mais rápidas, como a construção de uma cidade, embora eventos naturais de grande magnitude como terremotos e furacões possam modificar completamente uma paisagem.
Paisagem Artificial é a paisagem transformada pelo homem. Se no passado havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente não existe mais. Quanto mais complexa for à vida social, tanto mais nos afastamos de um mundo natural e nos endereçamos a um mundo artificial, esse parece ser o caminho da evolução (SANTOS, 1988, pp.64-65).
TERRITÓRIO A palavra é derivada do latim (terra e torium) e que significa “terra que pertencente a alguém”, e é revestido das dimensões política e administrativa. A noção de território está sempre ligada à ideia de poder que pode ser o poder público, uma grande empresa, uma organização (seja ela legal ou ilegal).
A ideia de território mais difundida é a relacionada ao Estado, isto é, refere-se à estabilidade, limite e fronteira física.
A compreensão do conceito de território:
- domínio territorial em área (Estados-nações), estendida também à lógica dos blocos econômicos,
- o crescimento de áreas ilegais, como o contrabando e o narcotráfico (que se configuram como verdadeiros territórios).
O estudo de território permite mostrar como se dá a relação entre o lugar e a cidadania, associada à posse e ao domínio dos bens, para que se possa viver em uma área. O território deve ser apreendido como resultado das interações sociais.
Lugar – é a porção do espaço geográfico com a qual temos uma relação de afetividade, pode ser um bairro, uma praça, a rua... Para entendermos o lugar, devemos sempre pensar na tríade habitante – identidade – lugar. A escola se caracteriza como um lugar, afinal se estabelece laços de identidade com ela, nossa casa, nossa rua, nosso bairro, nossa cidade.
O conceito de lugar liga-se diretamente às situações vividas no cotidiano, aquela que podemos observar nas atividades realizadas no dia a dia, em que convivemos e criamos identidade. Observar os elementos que compõem seu caminho de casa até a escola, por exemplo: uma padaria, uma farmácia, a casa de um amigo e, dessa maneira, familiarizar-se com a leitura do lugar, é um processo que se inicia quando a criança reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens.
Cada lugar combina variáveis de tempos diferentes. Não existe um lugar onde tudo seja novo ou onde tudo seja velho. A situação é uma combinação de elementos com idades diferentes.
“O lugar é o mundo vivido, o modo como é produzida a existência social dos seres humanos” (Carlos, 1996, p. 20).
Para ser capaz de ler o espaço e interpretar as paisagens, a criança precisa saber olhar, observar, registrar, descrever e analisar. O espaço é socialmente construído pelo trabalho dos homens em sociedade e, ainda, que o processo de aprendizagem é social e acontece na interlocução dos sujeitos.
A partir da relação que estabelecemos com nossos próprios lugares nos tornamos capazes também de estabelecer relações com outros lugares, diferentes do nosso, em todo o mundo. Uma vez que entendo o que é meu bairro, consigo entender o significado de bairro em qualquer lugar que seja.
Podemos auxiliar nossos alunos a identificarem, por meio do conhecimento geográfico, os lugares que eles ocupam em nossa sociedade e no mundo. É no lugar que podemos observar o movimento do mundo e seus processos de transformação.
Para aprendermos a “ler o Mundo”, precisamos, sem dúvida, partir do nosso lugar, e levarmos em consideração a realidade concreta do espaço vivido.  É na vivência diária que construímos nossas relações com o lugar, dando a ele uma feição particular.


O ESPAÇO GEOGRÁFICO é uma construção social; A PAISAGEM é a porção visível do espaço geográfico;


O conceito de TERRITÓRIO está sempre ligado à ideia de poder; O LUGAR é onde se dá a construção da identidade.
 
                      
COLABORAÇÃO DO COLEGA
Marcos A. Pizzelli                                                

2 comentários:

  1. Olá querida amiga! Em primeiro lugar quero me desculpar por está passando aqui e com um comentário prontinho. Costuma fazer isto nos Domingos porque tenho mais um tempinho e desejo visitar o maior número de seguidores. Mas o que importa mesmo e fazer te uma visita para desejar muita paz, saúde , sucesso e felicidade, com a realização dos teus sonhos. E como reflexão deixo esse lindo pensamento de Mestre Khane que diz:
    “Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade.” Abraços, fica na paz de Deus.

    Querida tem sorteio no blog, livros e camisatas, passa lá acredito que irás gostar. Será um prazer te ver participando.

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