sábado, setembro 04, 2010

PESQUISA EM EDUCAÇÃO RESUMO II

 Pesquisa em Educação 


Aula 1 – Conceito e relevância da pesquisa
Resumo elaborado por Nanci Fachini

→ Retrospectiva da metodologia científica
▪ O que é senso comum?
O senso comum pode ser entendido como o conjunto de crenças e opiniões, essencialmente de caráter prático, uma vez que procura resolver problemas do cotidiano (...) Por isso, enquanto determinado conhecimento funcionar bem dentro das finalidades para as quase foi criado, ele continuará sendo utilizado sem muito questionamento. (Mazzotti – Alves).

▪ O que é ciência (Conhecimento científico)?.
- O conhecimento científico procura sistematicamente, criticar uma hipótese, mesmo que ela resolva satisfatoriamente os problemas para os quais foi concebida. Isso quer dizer que em ciência procuramos aplicar uma hipótese para resolver novos problemas, ampliando seu campo de ação para além dos limites de objetivos práticos e problemas cotidianos.

▪ O que é pesquisa?

- É a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso (Marcos Bagno).

- O conceito de pesquisa está associado ao conceito de investigar.


▫ O que nos leva a investigar?
  • Existem conhecimentos que aprendemos pela simples experiência sensorial (tato, degustação, visão, olfato, audição).
  • Existem conhecimentos que aprendemos pela transmissão social, passados pelas pessoas de nossa família e as pessoas do meio em que vivemos.
  • Mas às vezes nem as experiências sensoriais, nem a transmissão social, conseguem nos oferecer respostas úteis para nossas indagações e nos acostumamos com a forma como as coisas nos são apresentadas. Mas em certo momento o que sabemos, não é suficiente para dar conta de entender o mundo em que vivemos e para responder aos seus desafios é nesse momento que se faz necessária a ação da pesquisa.

▪ Saberes sobre o trabalho educativo

- Comenius: considerado o “Pai da Didática”. Defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar- se no mundo como autor. Suas propostas:

- separação das crianças por classes de idade.

- construção de um currículo unificado.

- livros didáticos.

- O que fundou a Pedagogia Moderna, foi o pensamento de Comenius (Mariano Narodowski).

→ Pioneiros do Movimento Escola Nova no Mundo e no Brasil.

- Edourard Claparède: psicólogo suíço nasceu em 1873. Realizou estudos sobre o desenvolvimento do pensamento da criança.

- Maria Montessori: primeira médica italiana nasceu em 1870. Valorizava uma pedagogia centrada na atividade da criança primando pela sua individualidade e liberdade.

- John Dewey: educador americano nasceu em 1859. Valorizava as atividades globalizantes, por
sua vinculação com o mundo real.

- Willian Kilpatric: psicólogo americano nasceu em 1871. Idealizador do método de Projetos.

- Ovide Decroly: médico belga nasceu em 1871. Idealizador dos Centros de Interesse.

- Celéstin Freinet: educador francês nasceu em 1896. Idealizador do Método de investigação do

meio. Criou uma série de técnicas educativas, como: livros da vida, aula-passeio, imprensa

escolar, fichário, de consulta, correspondência inter-escolar, auto-avaliação.

- No Brasil, as idéias da Escola Nova foram introduzidas principalmente por:

● Anísio Teixeira: educador e escritor brasileiro nasceu em 1900. Desempenhou importante

papel na orientação da educação e do ensino no país. Foi um dos mais destacados signatários

do Manifesto da Escola Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório,

divulgado em 1932.

● Lourenço Filho: educador brasileiro nasceu em 1897. Educador, extremamente ativo e

Preocupado com a escola em seu contexto social e nas atividades de sala de aula.

- Todos eles se colocavam contra a Escola Tradicional.

- Surgiram propostas pedagógicas da Escola Nova, consideradas inovadoras sugerindo:

- nova forma de organização em sala de aula.

- Novas formas de relação professor-aluno.

- Novas atividades.

- Algumas dessas propostas são percebidas no trabalho dos professores.

- O trabalho do professor dentro da escola, é influenciado por alguns discursos na educação que

circulam a bastante tempo no campo da pedagogia.



→ Os discursos sobre a educação

● delimitam o campo de atuação dos professores e alunos (códigos, normas, regras).

● a escola continua com uma organização de espaço e tempo intensamente disciplinados:

● rituais pedagógicos: fila, organização da sala, cópia do quadro negro, repetição dos exercícios).



→ O mundo contemporâneo e as transformações na Educação

● As Novas tecnologias

- O mundo contemporâneo vem sofrendo transformações na sua organização política, econômica, cultural

e social. Isso se percebe através das novas tecnologias que são responsáveis pelos novos significados

nas práticas sociais. O curso de Pedagogia à Distância é um bom exemplo de uma nova tecnologia

invadindo o centro educativo.

Essas transformações afetam a educação a partir do momento em que o professor assume a postura de

pesquisador, buscando respostas a essas perguntas, gerando novas perguntas.

● Ampliação das funções docentes

- nos dias de hoje, ao invés de tão somente passar os conteúdos aos alunos, é de principalmente,

considerar as informações que os alunos trazem para a escola, problematizando-as e filtrando-as, junto

aos alunos.

- o professor deve perceber que a educação é um ato comunicativo e não está restrito a escola.

- o professor deve ser visto não só como aquele que detém a informação, mas como aquele que

possibilita aos alunos buscar diferentes informações que devem ser questionadas e discutidas e contra-

postas.

- A pesquisa faz com que o professor de novo sentido ao que já estava significado.



→ Conclusão

O professor deve estar atento à importância da pesquisa como condição necessária para a produção da

saber e seu desenvolvimento e que, não apenas a escola e a estrutura que a envolve, mas também

principalmente a sala de aula pode ser objeto de pesquisa sistematizada. Ela oferece informações

relevantes sobre processos de ensino-aprendizagem que não podem ser dissociados de aspectos

filosófico-metodológicos, políticos, sociais, econômicos e psicológicos, cuja compreensão permite ao

professor encaminhar soluções para os desafios e dilemas da prática docente.

È fundamental perceber que a pesquisa e ensino não são atividades separadas e independentes, mas sim

interligadas e complementares.

Seja aprendendo pesquisas realizadas por profissionais da educação e áreas correlatas, seja realizando

pesquisa de forma sistemática, o professor amplia seus horizontes teóricos sobre problemas educacionais

e cotidianos da sala de aula, tendo condições de compreender a dinâmica do ensino-aprendizagem de

criar alternativas de ação educacional.







Pesquisa em Educação



Aula 2 – História da infância



Resumo elaborado por Nanci Fachini



►Surgimento da infância

▪ Essa importância da criança na vida social nem sempre existiu. A preocupação dos adultos com as

crianças é mais recente.

▪ O que é criança?

- Criança é um ser que se encontra na fase da infância.

- Criança é um ser, um corpo que está ali na nossa frente e se alimenta, se veste, se comunica.

▪ O que é infância?

- Infância é a fase que vai do nascimento à puberdade.

- Infância é um conceito abstrato, uma idéia, um sentimento, um modo de pensar.

- Infância é uma fase da vida pela qual as crianças passam, ou não.

- A infância como período da vida pelo qual as crianças devem passas, foi inventado em algum momento

histórico.

▪ Criança X Infância

- os conceitos estão intimamente relacionados.

▪ Philippe Áries – historiador francês: Infância tradicional nas sociedades da Idade Média

- Ele vê a infância como uma época da história conhecida como modernidade.

- A passagem da Idade Média para a Idade Moderna é caracterizada por profundas transformações, que

exigiam um novo tipo de ser humano, para uma sociedade que se tornava muito mais complexa.

- ser humano→ período de criança até + - 2 anos, quando começava a falar e andar → infância

reduzida.

- As crianças tinham curta sobrevivência, morriam cedo, por falta de saneamento básico, vacinação, má

alimentação e os adultos davam pouca importância a esse fato.

- Quando sobreviviam passavam a ser vistas como adultos jovens, mas adultos, eram considerados

adultos em miniaturas, usando inclusive roupas iguais a de adultos.

- A aprendizagem se dava por meio da convivência com os adultos.

- Não existia a época da infância.

• Lígia Tureck – historiadora

- A criança só vai se sentir diferente a partir do século XIII, antes disso tinha-se o bebê até + - 7 anos e

depois o adulto. Não havia laço afetivo com a criança. A partir do século XV começam a surgir as

primeiras idéias de educação para criança, principalmente pelos padres jesuítas.

▪ A Infância nas sociedades industriais

- A infância passa a ser delineada junto com o fortalecimento da família, junto com a Revolução

Industrial, junto com as grandes potências, com a invenção da imprensa, junto com o surgimento

da classe burguesa, junto à escola moderna, a infância moderna, que passou a se desenvolver

de, pois da Idade Média (século XVI e XVII).

▪ O mundo Moderno

- disciplina:

1. organizar, ordenar, acomodar, ajustar (por uma ordem.

- dizia-se que precisava por uma ordem no mundo para que ele se tornasse moderno e progredisse.

Um modelo é que está escrito na bandeira nacional “Ordem e Progresso”. Os indivíduos disciplinados

então, formariam sociedades disciplinadas. Se elas fossem bem ordenadas poderiam progredir. Então

vieram às muitas instituições como: quartéis, presídios, hospitais, fábricas e também as escolas

modernas.

2. Ordenação dos sujeitos.

3. Ordenação dos saberes

- A Escola Moderna conseguiu de uma só vez operar a ordenação dos comportamentos das pessoas

e com a ordenação dos conhecimentos que essas pessoas deveriam adquirir

- Immanuel Kant – “Enviam-se as crianças a escola, primeiro para que elas aprendam a ficar sentadas

para depois aprenderem os conhecimentos escolares”. (disciplina do corpo).

- Junto com o projeto disciplinar da modernidade foi depositado na criança a esperança de um mundo

melhor e de pessoas mais felizes.

- “Lugar de criança é na escola” ► conexão com o projeto de um mundo moderno.

- Escola e infância moderna, são coisas intimamente relacionadas, uma alimentando a outra

- Escolarização na Idade Média, segundo Áries era entendido como enclausuramento. Hoje é muito normal

ir à escola todos os dias, é lei.

- O novo processo de escolarização resultou em novas práticas na família, que passaram a se organizar

em torno das crianças. As famílias também forma disciplinadas. Foi então que começou a relação afetiva

dos pais com as crianças, fazendo com que a família saísse do seu anonimato.

- Então a infância começa a ser vista como uma fase da vida perfeita que deve ser preservada, cuidada e

protegida.

- Inventou-se uma série de coisas para as crianças: roupas próprias, jogos, brinquedos, brincadeiras,

Atividades exclusivas para crianças, programas de TV, músicas.

- A infância como construção social tem a ver com: invenção da escola moderna, mudanças no interior da

família, condições de vida na sociedade, jogos e passatempos inventados para as crianças, relação

entre crianças e adultos.

- As crianças se tornaram objeto de estudos científicos.

- Várias pesquisas foram realizadas a respeito das crianças (históricos, demográficos, etc.). Os resultados

dos estudos foram passados para as famílias, para que pudessem agir corretamente com seus

filhos. Também foram utilizados no curso de formação para professores.

- Assim as crianças passam a ser vistas com novos olhares por: médicos, educadores, psicólogos,

psicopedagogos.



Pesquisa em Educação



Aula 3 – A infância Hoje

Resumo elaborado por Nanci Fachini



► visão genérica e romântica de infância foi construída, montada.



► Rosseau- “Emilio”.

- Criança com ser dependente, um ser em falta que precisa ser conduzido e protegido pelos

adultos.

- Infância associada a uma série de idéias como: liberdade, ingenuidade, alegria, descobertas,

época ideal da vida de uma pessoa.



► Discurso de vários autores hoje

- A infância além de ser construída social e culturalmente é multifacetária.



► Criança pós-moderna

- parece que a infância está desaparecendo.



► A infância e as Mídias

- crianças envolvidas com a mídia (incluídas nas propagandas em geral).

- a criança é quem sabe mais que o adulto. A criança passa a ser quem ensina.



► A infância e as tecnologias

1. criança e máquinas:

- natural para elas.

2. crianças e classes sociais:

- há variações mais de forma geral, todos estão presenciando a Informatização generalizada de

nossas novas formas de transmissão e comunicação.

3. Crianças e o mundo global:

- É nesse mundo que a criança de hoje nasce totalmente na área da informatização. Preparação

da criança para viver como autônoma na vida adulta.

4. Crianças e autonomia:

- A criança passa a viver a autonomia, principalmente no que se refere às coisas das

tecnologias.

- Mas pesquisas apontam que a infância moderna pode estar desaparecendo.



► Mariano Narodowski e Neil Postman

▪ Para os autores a infância atual está no fim.

▪ Mariano Naradowski

- A infância se estende a dois pólos:

1. Infância hiper-realizada:

- é aquela que acontece na interação com todas as possibilidades tecnológicas que o mundo

contemporâneo nos oferece. Essa infância não espera e não se prepara para viver o mundo que

seria legitimamente adulto. Trata-se de uma infância imediata. Vivem num mundo altamente

digital.

2. Infância desrealizada:

- é aquela que é excluída fisicamente das relações dos saberes tecnológicos digitais, mas

também, excluídas institucionalmente. São os chamados analfabetos virtuais.

▪ Neil Postman

- desaparecimento da infância moderna.

- o autor apontava a difusão da televisão como um fator determinante para o fim da separação de

crianças e adultos. A criança com a cesso a toda e qualquer informação e acontecimento

através da comunicação (TV). A TV facilitou a mistura entre crianças e adultos.

- outros fatores são: crianças utilizando o mesmo estilo de roupa dos adultos, estilo de

linguagem, de hábitos alimentares, a mesma programação na TV, as mesmas músicas,

consumindo como adultos, além da profissionalização e erotização precoce.

- As crianças voltaram a compartilhar das mesmas práticas e valores dos adultos.



► As novas infâncias na Velha Escola

▪ Hoje se aprende a ser criança nas revistas, com os brinquedos, vídeos games, jornais, TV,

propagandas,Internet. São os artefatos da cultura contemporânea que possui um currículo cultural.



► Filme: “A invenção da infância”.



Pesquisa em Educação



Aula 4 - Perspectivas de pesquisa sobre crianças e educação: referencial da psicologia



Resumo elaborado por Nanci Fachini



→ A criança pode ser analisada de diferentes modos, através da biologia, sociologia, psicologia e outras e cada um deles se utilizam de um referencial.

■ Referencial de História: A criança e um ser histórico. Estuda-se a história da infância, das instituições

escolares, dos sistemas de ensino, das pedagogias sobre a infância.

■ Referencial de psicologia e biologia: A criança é um ser em desenvolvimento. Estudam-se as fases de

seu desenvolvimento e as suas funções psicológicas, em cada uma das fases.

■ Referencial de sociologia: A criança é um ser social. Estuda-se a relação da criança com as instituições:

a família, a escola, os movimentos sociais.

■ Referencial dos Estudos Sociais: A criança é um ser cultural. Estuda-se a criança com os artefatos de

sua cultura e como ela age ao ser interpelada pela: propaganda, moda, jogos infantis, personagens de

TV e modos de educação não formais.

■ Referencial político-demográfico: A criança é um ser de direitos. Estuda-se a criança como parte de

uma população específica e estudam-se também as políticas direcionadas a infância e adolescência.



→ O Referencial da Psicologia

■ Objetivos das pesquisas da psicologia do desenvolvimento:

1. Descrever as funções psicológicas das crianças em diferentes idades.

2. Entender como tais funções mudam com a idade.

3. Como e quando cada tipo de comportamento aparece.

■ Foram estabelecidas normas de desenvolvimento para vários comportamentos. Essas normas foram

sistematizadas em formas de tabelas:

a) Tabela de desenvolvimento motor: indica quando a criança consegue andar, falar, sentar,

engatinhar.

b) Tabela de desenvolvimento da linguagem: indica de quanto é composto o vocabulário de uma

criança, de acordo com o seu desenvolvimento.

■ Métodos das pesquisas do desenvolvimento:

a) Observação e experimentação.

b) Longitudinais: É um método de observação da criança na infância até a juventude (pouco comum por

ser muito longo).

c)Transversais: Método de observação de várias crianças ao mesmo tempo, de diferentes

idades. É realizado no período de um ano podendo-se observar crianças de variadas idades,

obtendo-se assim, bons resultados. Os métodos longitudinais e transversais são específicos

para o campo da psicologia do desenvolvimento.

■ Teorias da psicologia do desenvolvimento

• Numa pesquisa as análises são sempre realizadas com base numa teoria.

• As principais teorias são:

► Teoria Behaviorista: Skinner.

► Teoria psicanalítica: Freud

► Teorias da Gestalt

► Teorias da Psicologia Humanística

► Teorias da Psicologia Social

► Teoria do Processo Evolutivo: Eric Erikson

► Teoria do Desenvolvimento Intelectual: Piaget

► Teoria Sócio-Interacionista: Vygotsky

• Há vários pontos de divergências entre essas teorias, mas o que há em comum é que todas elas têm

como objetivo explicar os fatos do desenvolvimento humano e como isso ocorre. Além disso, as

teorias de desenvolvimento serve muitas vezes, com suporte teórico e prático para muitas atividades

propostas pelos professores.

■ Os sujeitos da pesquisa do desenvolvimento

• Crianças e adolescentes, porque essas fases são determinantes para os comportamentos

posteriores.

• Divisão de desenvolvimento em etapas: tem-se que tomar cuidado, pois ela pode ser perigosa e

algumas vezes preconceituosa. A divisão em etapas deve ser encarada de maneira mais flexível,

considerando a característica de cada fase, em termos de aproximação.

■ Os saberes científicos da psicologia do desenvolvimento

• Os saberes científicos se estendem a todas as crianças, embora a pesquisa seja realizada com uma

pequena amostragem, praticamente desconsiderando os contextos culturais, econômicos, tecnológicos

em que as crianças estão inseridas. E por esses saberes serem científicos, acabou tornando-se leis,

dizendo como as famílias, os professores e os adultos em geral, devem entender e tratar as crianças.

• Os saberes científicos acabam estabelecendo hierarquias, estágios, etapas pelas quais essas crianças

tem necessariamente que passar para que se “encaixem” em formas desejáveis de desenvolvimento

infantil. Temos que refletir antes de aplicar os conceitos.

• Talvez os saberes científicos devam ser atualizados, devido a todas as transformações e mudanças que

vem ocorrendo atualmente no mundo. Talvez tenham que ser mudados, revistos, passar por uma re-

configuração, porque as verdades são provisórias, elas têm a ver como as pessoas vivem suas vidas

em um determinado período histórico e suas características culturais próprias.

• Alguns professores se apegam a esses saberes para realizar suas atividades, mas que muitas vezes

podem estar desatualizados, em descompasso com a sociedade atual. Ex.: avaliação escolar (ficha

de avaliação, utilização de códigos para avaliação).

- Análise de Jussara Hoffmann – conseqüências e efeitos das avaliações (ansiedade, treinamento para

melhorar desempenho).

• Adequar as pesquisas à atualidade é fundamental para que se obtenham resultados mais precisos.

■ O trabalho de Piaget

• Trabalha com as fases do desenvolvimento cognitivo da criança.

• Será que essa teoria ainda é determinante no mundo atual? Os padrões de desenvolvimento que já

foram estabelecidos para essas crianças e jovens, podem ter mudado.

■ As relações entre educação e psicologia

• Sempre foram muito próximas. As teorias da psicologia são historicamente usadas como apoio, usadas

como justificativa e como segurança, as ações realizadas na escola e os estágios de desenvolvimento

da criança servem como fundamentação teórica para as práticas escolares.

• O importante é o professor olhar com outras lentes as pesquisas da psicologia que servem de

justificativa para o trabalho na escola, assim estarão abrindo novas e diferentes formas de relação com

o saber, com a escola e principalmente com as crianças.



→ Resumo

As pesquisas da Psicologia do desenvolvimento com seus objetivos, seus métodos e suas teorias, criam

algumas verdades sobre as crianças, estabelecendo etapas, pelas quais todas elas, necessariamente têm

que passas para se “encaixarem” em formas desejáveis de desenvolvimento infantil.

Cabe aos professores fazerem à análise e a crítica dessas verdades, porque talvez elas não correspondam

mais aos modos de vidas das crianças contemporâneas.





Pesquisa em Educação



Aula 5 – Perspectivas de pesquisa sobre crianças e educação: O referencial da sociologia



Resumo elaborado por Nanci Fachini



→ O que é Sociologia?

É a ciência que estuda a sociedade humana e os processos de interação entre os indivíduos.

Um dos principais objetivos da sociologia é produzir conhecimento para que se possa compreender a

constituição dos processos sociais.

O campo da sociologia é organizado em áreas de interesse e atuação. Ex.: sociologia geral, do trabalho,

política da educação. Mais recentemente existe a Sociologia da Infância, que considera a criança como

um ser social desde o seu nascimento. Ela é uma das áreas das ciências sociais que se preocupa em

estudar a cultura e as relações sociais das crianças, no presente. As crianças são entendidas como seres

ativos na construção e determinação das suas vidas e das vidas das pessoas que as cercam. As crianças

são vistas e tratadas como atores sociais e não como meros objetos passivos que seriam socializados

pelas instituições.

Antes da sociologia da infância se constituir num campo de pesquisa, a criança era entendida não com

a obra realizada, mas como algo que está se realizando, com uma inteligência fraca, frágil, com

faculdades muito limitadas e que não era capaz de se expressar. Era uma visão adultocêntrica, os adultos

é que deveriam falar por elas.

A concepção moderna tem a visão que nas crianças tem suas particularidades próprias, seus interesses

próprios e que isso deve ser considerado tanto na educação familiar, quanto na educação escolar. A

criança passa a ser vista como integrante de um grupo social, o grupos das crianças, e que devem ser

considerados como si mesmos e não como adultos.



→ As pesquisas no campo da Sociologia da Infância

■ As pesquisas realizadas são recentes.

• 1989 - acontece a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, promovida pela ONU, cujo

principais tópicos eram:

- apontamento do papel ativo das crianças como atores sociais e participativos da sociedade.

- Infância como categoria (etnia, idade, sexo, condição econômica), dentro do campo sociológico.

- Dentre tantas categorias, destacou-se a categoria gerencial, onde as crianças são analisadas como

um grupo social distinto, e que tem por base as idades das pessoas, classificando as pessoas em

grupos de acordo com duas idades.



→ O surgimento da Sociologia da Infância

■ em l990 no Congresso Mundial de Sociologia.

■ Pesquisadores da Sociologia da Infância, no Brasil:

- Ana Maria Coll Delgado.

- Fernanda Miller – “O Dossiê da Sociologia da Infância” – referência na área da Sociologia da Infância.

- Jucirema Quinteiro – UFSC.

- Ana Beatriz Cerisara – UFSC.

- Márcia rosa da Costa e João Paulo Pooli – “Os sistemas de significações e a cultura na produção

social da infância” – baseado na obra de: Norbert Elias.

- Norbert Elias (sociólogo alemão) – ó processo civilizador: uma história de costumes”. Nessa obra o

autor diz que a sociedade deve ser compreendida como uma rede de interdependências como:

famílias, escolas, estados e que elas são processuais.

- Régine Sirota (França).

- Willian Corsaro (EUA).

- Manuel Jacinto Sarmento (Portugal) – “Culturas da infância” – Nessa obra o autor diz que as

Culturas da infância são as formas como as crianças vivem, as atividades que elas realizam no seu

dia-a-dia, as rotinas do seu cotidiano, os brinquedos e as brincadeiras, programas de TV, as músicas,

lugares que freqüentam. Esse conjunto de coisas que as crianças realizam, constituem a sua cultura.

Diz também que, a cultura da criança está relacionada com as vivências nos processos sociais e que

isso vai produzir as formas sociais de viver.

■ O principal esforço teórico da sociologia da infância consiste numa mudança de perspectiva,

desconstruindo as idéias pré-estabelecidas. Mas desconstrução não significa destruição e sim, tem a

ver com exercitar novas formas de pensamento, entender algumas idéias e algumas práticas, não

como verdades únicas e absolutas, mas como algo que pode ser repensado, questionado e não

como significados transcendentais (legítimos). O desafio da sociologia da infância está em

compreender essas formas culturais, as formas como elas interpretam a si e aos outros, pois existe

uma lógica que estrutura o pensamento das crianças que é diferente do pensamento dos adultos,

através do jogo simbólico, contos de fadas, isto é, o mundo imaginário das crianças, que elas têm,

naquele momento, como verdade absoluta.





■ Metodologia das pesquisas

- Os pesquisadores dizem que as falas das crianças são elementos fundamentais para a

compreensão das culturas infantis, ou seja, as pesquisas deixam de ser sobre as crianças e passam

a ser pesquisas com as crianças, utilizando as falas delas, as formas de expressão infantil.

- As metodologias de pesquisa, referem-se aos modos como as pesquisas são realizadas, o

conjunto de métodos, técnicas e instrumentos de coletas e análises de dados, adotados para se

realizar uma pesquisa.

- Os pesquisadores entendem que os estudos investigativos, sejam realizados na etnografia,

que se baseia no contato intersubjetivo entre o pesquisador e o grupo social que está

sendo pesquisado. A etnografia ajuda melhor a retratar as culturas e reconhece que as culturas das

crianças são tão respeitáveis como qualquer outra. Mas devemos ter cuidados com as investigações

para não correr o risco de reduzir as contribuições das crianças, efetuando análises simplistas ou

pouco cuidadosas.

■ Criança como sujeito.

- as pesquisas com as crianças, passam a entendê-las como sujeito.

- o processo de reinvenção da criança tem a ver com áreas coisas como: estilo de vida de

crianças e adultos, práticas culturais, relações econômicas, variações demográficas, políticas

sociais.

- quanto mais se fala nas culturas da criança, mais a sociologia se volta par a criança, questionando

às promessas que a modernidade não cumpriu com relação às crianças.



→ Conclusão

A área da sociologia da infância, entende as crianças como seres ativos que são capazes de fazer as

suas próprias interpretações do mundo e de determinarem as suas vidas e a vida das pessoas que a

cercam.

As pesquisas da sociologia da infância consideram que as falas das crianças, as suas formas de

pensamento e de expressão, são legítimas e são, portanto, elementos fundamentais para a

compreensão das culturas infantis.



Pesquisa em Educação

Perspectivas de pesquisa sobre crianças e educação: o referencial político-demográfico



Resumo elaborado por Nanci Fachini



→ Políticas Sociais.

→ Pesquisas político-demográficas.

→ Políticas sociais para crianças e jovens.

→ Conselhos de direito e defesa da criança e do adolescente.

→ Estatuto da criança e do adolescente (ECA).

→ Políticas sociais em Educação



1. Políticas sociais

- São entendidas como um conjunto de decisões, destinadas a resolver os problemas políticos sociais.
- São ações que os governos ou a sociedade civil, realizam como:
- políticas sociais básicas: saúde, habitação, educação.
- políticas de proteção social: que se refere à inclusão social (lazer, esporte, cultura).
- Mas para que essas políticas sociais se realizem é preciso um projeto político consistente que

enfatize a participação social e essas ações podem ser articuladas entre o Estado e a

Sociedade Civil.

▫ Sociedade civil: se refere a um campo de ações coletivas e voluntárias em torno de interesses, propósitos e valores. Ela envolve diferentes atores e formas institucionais: organizações não governamentais (ONGs), instituições de caridade, grupos comunitários, organizações religiosas, associações profissionais, sindicatos, movimentos sociais, grupos ambientalistas. Ela pode ser entendida como um conjunto de ações e quando os direitos básicos das pessoas (saúde, educação, habitação) não estão sendo garantidos, é necessário que as políticas sociais entrem em ação, para garanti-los.

- As políticas sociais podem ser:

- assistencialistas (programas emergenciais como: bolsa família, bolsa escola) e

- preventivas.

■ Objetivo da política social

- garantir a igualdade dos direitos básicos e fundamentais para todas as camadas e grupos

sociais.



2. Pesquisas político-demográficas

As pesquisas realizadas a partir do referencial político-demográfico, entendem a criança como

cidadã, como sujeito que tem direitos, que faz parte de uma população e que precisa de

políticas sociais direcionadas a elas.

■ Objetivos principais:

- propor a criação de novos programas sociais.

- discutir a deficiência dos programas sociais que já existem.

■ Funções:

- apontam os aspectos que demandam maiores investimentos.

- problematizam os limites e os entraves para oferta de políticas sociais de qualidade.

- sistematizam, organizam alguns dados para que as políticas sociais sejam formuladas

adequadamente.

- enfatizam a necessidade de atuação dos governos: Federal. Estadual e Municipal.



3. Políticas sociais para crianças e jovens

■ As pesquisas mostram que elas estão mais voltadas para os grupos mais vulneráveis da pobreza e

da exclusão social (ex. meninos de rua). Porém pouco se tem feito no sentido preventivo, conforme o

ditado popular: “Prevenir é melhor que remediar”.

As pesquisas apontam s necessidade de se criarem programas que vão além de remediar, que vão

além de tirar os meninos da rua. É preciso prevenir, é preciso evitar que as crianças continuem indo

para as ruas.

■ Irene Rizzini – em sua obra: “Políticas sociais em transformação”, ela diz que a prevenção é

importante, onde a proposta é criar programas comunitários, investindo nos recursos que cada

comunidade dispõe para cuidar das suas crianças, apoiando as famílias, através desses programas

comunitários, formando-se assim uma rede de suporte em torno de cada criança, mudando-se o foco

das crianças de rua, para todas as crianças.

■ REBIDIA (1996) – Rede Brasileira de Informação e Documentação sobre a Infância e Adolescência.

- esse órgão faz parte das políticas da Pastoral da Criança. É gerenciado por uma série de

organizações não governamentais, cuja principal atividade dessa Rede é: organizar informações

sobre a criança e o adolescente no Brasil e divulgar essas informações de forma estratégica por

regiões ou setores, além disso, fazer com que as informações sejam usadas como instrumento de

melhoria da qualidade de vida das crianças e dos adolescentes. Site: www.rebidia.org.br



4. Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente

■ Os conselhos são órgãos públicos formados em cada nível de governo e compostos por

representantes de entidades governamentais e não governamentais e representantes de várias áreas

públicas que atuam com a infância e a juventude. Esses representantes que são eleitos como

conselheiros, assumem o papel de agentes públicos. Os conselheiros servem de canais de

comunicação permanente entre a sociedade e os governos, para concretizar as políticas sociais de

proteção à infância e a juventude. Um dos conselhos é o Conselho Tutelar.

• Conselho Tutelar

- São órgãos municipais que atuam no sentido de fazer com que os direitos sejam cumpridos,

fiscalizando as políticas sociais dirigidas a infância e a juventude, que são implantadas pelos

municípios.

- Neide Castanho – obras sobre os Conselhos Tutelares.

■ Na verdade, as políticas sociais existem e até são muito boas, mas na prática, no cotidiano, no dia-a-

dia, elas deixam muito a desejar e as pesquisas estão aí para que possamos conhecê-las e nos

mobilizar para atuar de alguma maneira junto a esses órgãos, a favor das crianças e adolescentes,

junto a seus bairros.



5. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 1990

■ Antes do ECA, existia apenas o Código de Menores (1979) que abarcava apenas crianças e

adolescentes que estivessem em situação irregular. Já o ECA, é uma lei para todas as crianças e

adolescentes, independente da condição social, econômica, cultural e familiar.

O ECA é uma referência mundial, destinado à infância e adolescência.

Embora o ECA constitua um avanço, a precária situação de muitas crianças brasileiras, ainda é uma

realidade.

● Estudos sobre o ECA

● Irandi Pereira – “Dez anos dos direitos da criança”. O objetivo do estudo, é o tempo de vigência do

ECA, destacando uma série de avanços, durante esses 10 anos.

● Maria Helen Zamora – “O Estatuto da Criança e do Adolescente em Tempos Neoliberais”. O

Estudo foi feito quando o ECA completou 15 anos, enfocando quais são as dificuldades para o ECA sair

do papel.



6. Políticas sociais e Educação

■ Promulgação em 1996 da LDB (lei de Diretrizes e Bases).

■ Elaboração dos PCNs.

■ Criação do FUNDEF.

■ Ampliação do programa “Escola para Todos”.

■ Criação do FUNDEB.

■ Apesar de todas essas políticas sociais na educação, ainda estamos longe de alcançar os objetivos

dessas propostas, pois ainda nos deparamos com um quadro bastante insatisfatório: um índice

considerável de repetência, evasão escolar, etc.

■ E as políticas sociais que aí estão, fazem parte desse processo de construção das próprias crianças e

adolescentes.



→ Conclusão

As pesquisas realizadas, a partir do referencial político-demográfico de forma geral, tem dois principais

objetivos: propor a criação de novas políticas sociais assistencialistas e principalmente preventivas, que

atendam aos interesses das crianças e dos adolescentes e discutir as deficiências das políticas sociais que

já existem, na tentativa de entender porque é que os programas não dão conta de efetivar

satisfatoriamente as ações já implantadas.







Pesquisa em Educação



Aula 7 – A Construção do Projeto de pesquisa



Resumo elaborado por Nanci Fachini



→ O que é um projeto de pesquisa?

■ Ele é anterior à própria pesquisa e orienta a construção dela.

■ O projeto é como se fosse à planta da construção de uma casa.

■ O projeto de pesquisa vai apresentar a intenção sobre o objeto que desejamos investigar. Ele define e

planeja o cominho a ser seguido na pesquisa.

■ Ele deve ser flexível.

■ Ele deve ser bem elaborado, definindo os caminhos a serem percorridos, explicitando as etapas à

serem alcançadas, os instrumentos, as estratégias que irão ser usadas e delimitação do tempo de

investigação.

■ O projeto deve ser organizado de tal modo, de forma a apresentar as quatro questões da pesquisa:

1. O que eu quero investigar?

2. Para que eu vou investigar esse tema?

3. Porque é importante investigar o tema que eu escolhi?

4. Como eu pretendo realizar a investigação?



→ O projeto da pesquisa

1. O que eu vou investigar?

► Objeto e problema da pesquisa

- Sandra Corazza – “Labirintos da Pesquisa, diante dos ferrolhos” – Nessa obra ela afirma que toda

a qualquer pesquisa nasce da insatisfação com o já sabido, e que os problemas de pesquisa não

existem, nós é que o enxergamos com outras lentes, ou seja, são as formas como nós olhamos o

nosso próprio fazer pedagógico.

- É interessante que se pesquise temas que tenha a ver com o nosso trabalho, nosso cotidiano,

nossa vida, sobre coisas que envolvem nossa própria rotina.

- Os problemas são elaborados a partir do referencial analítico que o pesquisador adota para

embasar a sua investigação. È preciso muito estudo do referencial escolhido, para que se possa

elaborar um problema de pesquisa.

- Dica de Estudo: Jorge Larossa – “Pedagogia Profana”.

2. Porque é importante investigar o tema que escolhi?

► Justificativa da pesquisa

- A elaboração da justificativa e a definição dos objetivos.

- Na justificativa, o pesquisador tenderá a dizer, porque é importante realizar a pesquisa em

questão.

- A justificativa tem que ser consistente, enfatizando a relevância de estudar tal tema; como o

pesquisador chegou até esse tema; o que e porque o motivou a investigar e problematizar o tema

proposto e quais são as metas a alvos que se pretende atingir.

- Ele deve apresentar os pressupostos analíticos que ele escolheu para embasar sua investigação.

- Podem ser apresentadas hipóteses sobre as idéias iniciais que o pesquisador tem sobre aquilo

que ele irá pesquisar. Uma hipótese é uma suposição que antecipa os próprios resultados da

investigação

3. Para que eu vou investigar esse tema?

► Objetivos da pesquisa

- É etapa essencial porque dela dependem todos os procedimentos posteriores.

- A escolha do objetivo determina a população a ser estudada – seja um grupo restrito como um

todo, seja a amostra de um universo maior.

4. Como eu pretendo realizar a investigação?

► Formas metodológicas da pesquisa

- São as técnicas de pesquisa que empregaremos: entrevistas, observações, análise de

documentos, etc.

- A metodologia são as coletas de dados.

- Hoje em dia, se aceita que os métodos podem ser obtidos no caminho da investigação.

- Dica de Estudo: Maria Isabel Bujes –“Questões metodológicas de uma pesquisa”.



→ Conclusão

Independente de sua forma de organização, um projeto de pesquisa deve conter quatro elementos:

1. O objeto e o problema;

2. A justificativa;

3. Os objetivos;

4. A metodologia.





Pesquisa em educação



Aula 8 – Pensando em construir um projeto de pesquisa



Resumo elaborado pro Nanci Fachini



→ Pensando em construir um projeto de pesquisa:

► O que investigar?

► Sobre qual perspectiva teórica?

► Qual o problema de pesquisa?

► Como seria formulação?

► Quais os objetivos da pesquisa?

► Qual a justificativa?

► Quais seriam as hipóteses?

► Quais as formas metodológicas?



→ Dicas para atividades de pesquisa

■ Várias obras de: Marisa Vorraber Costa. Em uma de suas obras, no capítulo: Agenda para jovens

pesquisadores ela fala de doze pontos importantes onde quatro, são determinantes para um projeto:

1º. “Pesquisar é um processo de criação e não mera constatação. A originalidade da pesquisa está na

originalidade do olhar”.

2º. “O novo não é necessariamente melhor do que o velho. Não deixe o mito do progresso perturbar

sua pesquisa”.

3º. “O mundo continua mudando. Não cristalize seu pensamento. Ponha suas idéias em discussão,

dialogue, critique, exponha-se”.

4º. “Pesquisar é uma tarefa social. Divulgue sua pesquisa e procure conhecer as dos outros”.



→ A cultura escolar

■ As crianças e os jovens constituem a sua identidade na sociedade em que vive e também através do

que eles vivem na escola, através da maneira como são entendidos e tratados por eles mesmos e pelos

adultos, com os quais convivem.

■ Os professores, além de estarem contato com as formas culturais de crianças e jovens, também estão

em contato com as formas culturais de sua própria escola, contribuindo com a própria configuração

dessas formas culturais.

■ Mas o que é cultura?

• Cultura são os modos pelos quais os sujeitos vivem as suas vidas.

• A cultura é entendida como sendo as formas das pessoas estarem no mundo. Nesse sentido todas as

pessoas têm cultura.

• Por isso é muito importante os professores conhecerem as culturas dos alunos com os quais

trabalham, porque nem todas as culturas são iguais.

• Mas a escola funciona para a homogeneização de culturas, ou seja, em torno de uma cultura

específica, forçando os alunos a corresponder a um padrão cultural já estabelecido.



→ Pesquisa sobre a escola

■ O conjunto de caracterização da escola, configura a própria cultura da instituição.

■ Existem culturas mais específicas que caracterizam cada uma das escolas, ou seja, todas as pessoas

interna e externamente que fazem parte do contexto escolar, certamente estão envolvidas com a

produção de uma determinada cultura escolar¸ são todas essas pessoas que fazem à escola acontecer.

■ Para se conhecer a cultura da escola, uma das formas é construir um projeto de pesquisa que tenha a

pretensão de olhar de um modo diferenciado as coisas que acontecem no interior da escola.



→ Sugestões como tema de pesquisa

■ Contextualização da escola (origem do nome, data da fundação, etc.)

• características gerais da escola.

• rotina e organização espacial da escola.

• projeto político-pedagógico.

• regimento escolar.



→ Conclusão

Na sua função docente, é importante que os professores conheçam as formas culturais dos alunos, com

os quais trabalham e também as formas culturais da sua escola. Uma boa maneira de fazer isso, é

construindo um projeto sobre o cotidiano profissional do professor.



OBSERVAÇÕES:
Olá colegas recebi este resumo, porém não conheço a colega que elaborou, portanto caso alguém a conheça comunique que postamos o resumo, se ela não estiver de acordo e só avisar que excluo o documento, pois quando alguém me envia um documento para postar entendo que está autorizado.

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