Unidade Curricular: Alfabetização e Letramento
Profª : Maria Magnólia Gonçalves
No livro a autora me mostra que a escrita é como uma ferramenta medi acional e simbólica originada do desenho, no sentido de melhorar a compreensão quanto ao processo de aquisição da escrita dos alunos em sua trajetória escolar e o processo de alfabetização e letramento envolve conhecimentos, habilidades e competências especificas, que exigem formas de aprendizagem e procedimento de ensino diferenciado.
Na unidade Curricular vejo que o processo da aquisição da escrita, que demanda interações específicas acontece normalmente por meio da escolarização indispensável e fundamental a todo cidadão. Já o processo de Letramento se afetiva ao longo da vida das pessoas com a crescente participação nas práticas sociais nas quais circulam diferentes gêneros discursivos. Para Magda Soares vai “além de aprender a ler e a escrever o educador, preocupado com o processo de alfabetização e letramento dos seus educando, observa na sociedade quais são as leituras e escritas que precisam fazer parte do cotidiano da escola.
O Letramento que cabe ao ensino de língua estará contemplando na escola se nesse caso, levarmos em consideração somente o letramento, acontecerá uma grande falha na educação.
A aprendizagem da leitura e escrita devem estar relacionada com as práticas sociais de seus alunos tornando a alfabetização um exercício significativo que estará acompanhada do letramento . No entanto, ainda ocorrem á separação entre esses dois aspectos : Alguns docentes ensinam a leitura e a escrita, sem procurar relacioná-las ás vivências de seus alunos tornando o aprendizado vazio,mecânico, limitado e estático.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
É papel da sociedade como um todo e de todos nós educadores pensarmos sobre o projeto político de nossas elites para a educação popular, refletindo quem são os sujeitos excluídos do acesso aos bens culturais, como esse processo de exclusão se efetiva e quais as alternativas para reverter o quadro de analfabetismo no país. Observamos que, apesar dos professores serem submetidas a processos de formação diferentes, as especificidades do sistema de notação alfabética não é objeto de estudo pelas mesmas, sendo predominante a concepção como um código grafo fônico. Uma das implicações na prática pedagógica dessa concepção era a centralização do processo de ensino-aprendizagem da língua escrita no método silábico e a ênfase em tarefas de memorização e percepção viso-motora.
Vejo que há também uma preocupação de ambos os grupos de levar textos diversificados para a sala de aula, no intuito de tornar as aulas mais significativas para os alunos. Contudo, apontam a necessidade de, no período de formação, investir-se na discussão sobre as especificidades do objeto do conhecimento ,sua articulação com o texto numa perspectiva de letramento, explorando melhor a forma como os textos se organizam.
As professoras reconhecem a importância de apresentarem aos alunos uma diversidade de gêneros textuais, porém a maioria apresenta dificuldade de conciliar o processo de alfabetização e o trabalho com textos numa perspectiva de letramento.
As professores da rede pública estadual denunciam, a falta de formação oferecida pela rede, bem como os recursos materiais necessários para o trabalho. Todas falam a importância de conhecerem e trabalharem com referenciais teóricos e propostas pedagógicas próprias do universo da EJA, contextualizadas para aqueles educandos. Referenciais até então escassos e ou ausentes das escolas dessas professoras.
Sobre o processo de formação continuada, acredito que a pouca periodicidade dos cursos e encontros de formação em serviço, dificulta a familiaridade das professoras com as reflexões que pudessem enriquecer e subsidiar suas práticas
Nesse sentido é imprescindível que se considere as especificidades da educação básica de jovens e adultos, aspecto pouco enfocado na formação das professoras. Bem como proporcionar às docentes a compreensão da natureza do sistema de notação alfabética e de suas especificidades, identificando os elementos de ordem fonológica, morfológica, sintática e semântica subjacentes às propriedades daquele sistema notacional e sua diferenciação em relação á norma ortográfica.
A intervenção social para o letramento de pessoas jovens e adultas deve se pautar em atividades que privilegiem a construção de significados e não, meramente, os mecanismos de decodificação das letras. O (a) professor (a) de EJA precisa ser respeitado (a) como um profissional que deve estar em constante formação. O tratamento dado ao ensino, pelas professoras, demonstra que a formação continuada é um elemento imprescindível na constituição da EJA .
Percebemos que os aspectos referentes à identidade da EJA, ao currículo, à formação inicial e continuada de seus professores e a ausência de políticas públicas para esse segmento da educação são elementos que se encontram no bojo da discussão da constituição da EJA. Durante muito tempo a educação de jovens e adultos possuiu um caráter subalterno ao ensino fundamental regular, sendo comum reproduzirem-se atividades e metodologias próprias daquele segmento para a EJA, bem como as questões curriculares se fundamentavam nas necessidades dos alunos do ensino fundamental regular, geralmente crianças e adolescentes.
Vejo que é imprescindível a valorização social e política da EJA, e a superação de uma visão reducionista, “técnico-pragmática” desse segmento, voltado unicamente para o mercado de trabalho, de modo a ampliar-se a concepção de EJA e contemplar-se os múltiplos processos de formação
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