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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO
DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA - CEAD
CURSO
DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTANCIA
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO
PRÁTICA DOCENTE II.
IVAN
SAGGIN
POLO DE APOIO PRESENCIAL
PANAMBI/RS
AGOSTO/2014.
IVAN SAGGIN
RELATÓRIO ESTÁGIO DE DOCÊNCIA
Relatório
de Prática Docente II apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia-
UFPel/UAB, como requisito à conclusão do Estágio Supervisionado de séries
iniciais.
Supervisor do Estágio CLPD: Lilian Lorenzato
Supervisor do Estágio Escola: Graziela
Fonseca
Panambi (RS)
2014.
Equipe docente
responsável:
Eduardo Garralaga
Melgar Junior e Rosangela Rachinhas
Adriane Möbbs e
Rosangela Stiehl
Márcio Porciúncula
RESUMO
A Escola Egydio Véscia de
Santa Barbara do sul, situada no bairro Cerutti, na rua Mario Brum, é formada
por 395 alunos, 38 professores e 50
funcionários, tem vários lugares lúdicos e também áreas de ensino, as salas são
amplas e bem acomodadas. A escola no geral trabalha o sujeito construindo a
personalidade e a escola tem uma participação ativa para que esse sujeito se
integre com os demais, pois a partir daí crie suas convicções e passe por
processo de aprendizagem e construam o conhecimento.
Palavras-chave: PRÁTICA DOCENTE.
ALUNO. APRENDIZAGEM.
LISTA DE
FIGURAS
Figura
1. Sala de
aula..................................................................................12
Figura
2. Trabalhinho..................................................................................12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................6
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................8
- A
TURMA
.........................................................................................................10
- PLANEJAMENTO...........................................................................................13
- APRENDIZAGEM
E NÃO APRENDIZAGEM...........................................14
CONSIDERAÇÕES
FINAIS........................................................................................16
REFERÊNCIAS............................................................................................................17
INTRODUÇÃO
Neste trabalho relatarei minha experiência
como estagiário nas séries iniciais do ensino fundamental, experiência esta
proporcionada através da realização do Estágio Curricular em Prática Docente
II, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Egydio Vescia, que localiza-se no
município de Santa Barbara do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, com turma de 4º
ano, tendo doze alunos, sendo quatro meninas e oito meninos, com faixa etária
entre oito e doze anos de idade, no turno da tarde.
Para o planejamento das aulas foi
necessário conhecermos os sujeitos com os quais iríamos trabalhar, para tanto
primeiro realizamos Estágio de observação que realizamos durante uma semana,
acompanhando as crianças em suas rotinas escolares, a fim de obtermos subsídios
e informações para qualificarmos nossa proposta de trabalho.
Desenvolvimento
Conforme a exigência para a formação
inicial de professor, devemos além do estudo teórico, ter a prática docente
através dos estágios, que durante esse tempo, precisamos observar nossos alunos
e ver suas limitações para que nosso trabalho flua e aconteça naturalmente, e
também que possamos ter um ensino de qualidade.
O estágio curricular em Prática Docente
II foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Egydio Véscia,
localizada na cidade de Santa Barbara do Sul, RS. A escola atende cerca de trezentos
e noventa e cinco alunos distribuídos de 1º ao 8º ano, nos turnos da manhã e
tarde. A escola conta hoje com uma diretora, serventes, professores, secretária
e coordenação pedagógica.
Toda a escola deve ter definida, para si
mesma e para a sua comunidade escolar, uma identidade e um conjunto orientador
de princípios e de normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana.
O projeto politico pedagógico vê a escola
como um todo em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica.
É uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a definir suas prioridades
estratégicas, a converter as prioridades em metas educacionais, a decidir o que
fazer para alcançar as metas de aprendizagem, a medir se os resultados foram
atingidos e a avaliar o próprio desempenho. Por isso, fazem-se necessários um
constante repensar e avaliar para que nossa caminhada seja um sucesso.
A gestão escolar da escola Egydio, de
certa forma no mundo de hoje, é muito complexa e muitas vezes nos confunde,
pois em algumas circunstâncias com ações sem limites ou ainda com práticas de
interesses particulares, isto é, quando convém reivindica-se o espaço
democrático. A gestão democrática deve ser sobre tudo um processo a ser
desenvolvido pelos os sujeitos de maneira transparente.
O projeto politico pedagógico da escola
tem como objetivo de esclarecer afazeres à comunidade escolar, juntamente com o
regimento escolar que são de extrema importância para a escola, onde nesse
projeto define as funções da comunidade escolar desde a diretora da escola ao
aluno mais novo da escola, o PPP da escola é feito e elaborado e também
avaliado e revigorado pela equipe gestora da escola e ainda pelos membros do
CPM da escola e conselho escolar.
Para o aprendizado do aluno é
necessário que o professor faça um planejamento, pois deve estar presente em
todas as atividades escolares, é a etapa mais importante do projeto pedagógico,
porque é nesta etapa que as metas são articuladas e estratégias são elaboradas e ambas
são ajustadas às possibilidades reais. Existem três tipos de planejamento
escolar, o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aula.
Devemos diversificar as atividades para
que não caiam na rotina e muito menos se tornem cansativas, respeitando as
habilidades e ritmo de todos os alunos.
Nas atividades podemos diversificar tanto os recursos utilizados, quanto
a disposição em sala de aula que pode ser em grupos para a melhor interação dos
alunos ou individual, além do tempo e
forma de apresentação das mesmas.
Devemos considerar o desenvolvimento da oralidade, fazendo rodas de
conversas informais, usando a língua falada em diferentes situações escolares,
buscando empregar a variedade linguística solicitando que alunos entreguem
recados para alunos de outra turma, no
intuito de interagir aluno e escola.
A ação de encaminhamento das propostas
acontece naturalmente onde já se tem um conhecimento prévio da turma e de seu
andamento sobre as atividades, ou seja, é importante pesquisar o entorno, saber
a realidade de cada aluno. Acredito que
só assim nossa proposta tem uma finalidade.
A ação de mediação dos processos de
aprendizagem, por si só já nos diz tudo, através dessa mediação vamos conhecer
as dificuldades e as limitações de cada um dos nossos alunos em sala de aula,
para que possamos trabalhar de maneira individualizada quando necessário. Fazer
um acompanhamento do nosso aluno, caminhar junto com ele, mostrando novos caminhos
de pesquisa, de saber mais.
A ação de acompanhar e registrar o
aprendizado dos alunos seria uma forma de avaliação, pois assim sabemos até
onde ele sabe e de onde precisamos partir para novos conhecimentos. É
importante também dialogar com o sujeito, estar sempre junto ao aluno, escutando-o,
isso ajuda a saber o que ele sente.
1- A Turma
A turma é bastante diversificada, os
alunos são
muitos agitados, pude perceber isso já na observação, pois às vinte horas de
observação não foi o suficiente para mim, achei necessário fazer umas horas a
mais, por livre e espontânea vontade, a fim de perceber como realmente é dar
aula para os anos iniciais.
Notei que havia quatro alunos que
precisavam de maior atenção, em sala de aula, pois a professora tinha muita
dificuldade em conseguir que copiassem do quadro. Assim, fiquei com vontade de
dar atividades em xerox, mas penso que
se trabalharmos só com xerox não vamos ter a linguagem escrita e os pais cobram
também da escola, o porquê dos seus filhos não terem nada no caderno, além de
ser importante que escrevam. Assim, a professora
parceira sugeriu passar textos mais curtos e objetivos no quadro para eles
desenvolverem a leitura e escrita.
Os quatro alunos que tinham dificuldade,
eram bem agitados e a desorganização dos cadernos era bem grande, pois a escola
tem sua rotina semanal, e os mesmos não traziam os cadernos nos dias certos e
também pela falta de interesse da parte dos mesmos, pois eles sempre reclamavam
das atividades que eram propostas pela professora parceira, ou até mesmo por
mim, nesse período de estágio, ficavam toda hora pedindo para ir ao banheiro e
sempre era preciso ir atrás para ver onde eles estavam.
O período de estagio foi curto para poder
investigar mais sobre a realidade destes alunos que já eram repetentes e tinham
problemas em casa também. Com certeza seus comportamentos eram reflexos da
defasagem idade série e desses problemas que tinham.
Os alunos no geral têm muitas dificuldades,
por ser uma turma de quarto ano, percebi que não respeitam as linhas do
caderno, não sabem identificar onde é o paragrafo no seu caderno, muita
dificuldade nas interpretações dos textos, nota-se pouca vontade de certos
alunos, não se sabe se é pelo fato de elas virem na parte da manhã quando a
escola disponibiliza reforço para os alunos com muita dificuldade, pois os
mesmos vêm para a escola de manhã e voltam à tarde para sua casa, ficam o dia
todo na escola.
No entanto, nessa sala também tem alunos
muito bons, que fazem as atividades, copiam, tem um ótimo aproveitamento dentro
da sala de aula. Isso é muito gratificante para mim que estou começando agora
essa jornada de professor. Pude contar com estes alunos para ajudar os outros.
Mesmo
assim, tive muita dificuldade em trabalhar esses alunos problemáticos em sala de
aula, tive que passar o conteúdo no quadro e depois ficar pressionando para que
eles copiassem as atividades até alcançarem os que já terminaram, ou ditar para
eles copiaram algumas vezes, pois foi uma forma que achei para eles acompanharem
os outros.
Figura 1:
sala de aula
Figura 2: trabalhinhos
2- Planejamento
Um planejamento bem organizado contribui
para um ótimo trabalho e aprendizado. O
planejamento prévio deve fazer parte da rotina do educador, pois assim se
estipula objetivos, prevê situações e assim se vai mais preparado para a aula e para
melhor mediar a aprendizagem. Segundo Corsino (2009, p. 119), descreve:
“o
planejamento é o momento de reflexão do professor, que, a partir das suas
observações e registros, prevê ações, encaminhamentos e sequências de
atividades, organiza o tempo e espaço”.
O planejamento pedagógico na
Educação Infantil precisa ser discutido e articulado aos sujeitos que estão
inseridos nestes ambientes coletivos de educação, assim é imprescindível trazer
para a sala de aula, através dos planejamentos, as manifestações que as
crianças expressam no seu dia-a-dia, a partir de seus balbucios, choros, falas,
gestos, desejos, hipóteses e conhecimentos prévios, estes são de suma
relevância para um trabalho que respeite as culturas infantis (AHMAD, 2011,
03).
Além de ser
necessário, o planejamento é a base, traz a forma, a maneira que o tema e o
conteúdo serão trabalhados com o aluno, precisa respeitar seus limites, seu
tempo de aprendizagem, adequando sempre
as atividades conforme os tempos da escola.
O planejamento precisa ser pensado a partir
das atividades vivenciadas pelas crianças, de acordo com o que o professor
propôs para dar continuidade ao processo de aprendizagem, e também conter propostas
criativas e diferenciadas, sempre aproveitando o que surge no momento.
Assim
o professor deve ter organização, ser flexível, fazendo um levantamento nos
primeiros contatos com a turma, sempre observando a presença das linguagens,
das rotinas, das diversidades de atividades, das diferenças de tempo, de
ritmos, de habilidades, de necessidades dos alunos, as atividades coletivas e
individuais e distribuição das atividades pelo tempo cronológico e da escola.
O Planejamento foi
realizado através do Plano de Estudos da escola, e pelas orientações da professora
titular. O planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.
3 - Aprendizagem e não aprendizagem
No
aprendizado do aluno podemos acompanhar todos os passos desde o ensino e a
aprendizagem, compreender como eles estão se concretizando, oferecer mais
estudo e mais trabalhos, individual ou coletivamente, deve-se conhecer o aluno,
verificar seu ritmo de progresso, detectar as dificuldades do aprendizado,
assim orientando a aprendizagem, mas sempre respeitando assim os limites de
cada aluno.
As limitações e fragilidades dos alunos é
uma grande preocupação, pois devemos entender nosso aluno antes de propor as
atividades, para que de uma maneira geral entender suas limitações e o seu
rendimento em sala de aula, pois muitas vezes é ensinado o conteúdo e o a aluno
não aprendeu nada, a partir dessa demanda de alunos foi criado turmas de
reforço. Com o objetivo dos alunos com dificuldades reforcem o seu raciocínio e
voltem para turma com o entendimento bem melhor e não se sentindo um sujeito
excluído pela turma.
A função do professor não se limita ao
comodismo, o dono da verdade, mas sim desenvolver estratégias juntamente com a
família dos educandos com a finalidade de facilitar o enfrentamento de
situações inusitadas que ocorrem continuamente na escola. Assim devemos
conhecer a família do aluno para poder compreender esse aluno, pois dependendo
da maneira que vivem isso refletirá na maneira de agir desse aluno.
O educador da educação
infantil preocupa-se com a organização e aplicação das atividades que contribua
para o desenvolvimento das crianças. Ele tem o papel de ajudar na formação do
educando infantil diariamente, para que o espaço da escola infantil seja lúdico
e de aprendizagem. Ele observa e pesquisa estratégicas que ira ajudar a criança
e a si mesmo a desenvolver autonomia critica da realidade sócia cultural que a
escola estiver inserida.
Compreender, conhecer e
reconhecer o jeito particular das crianças e estarem no mundo é o grande
desafio da educação infantil e de seus profissionais, pois desvendar o universo
infantil é uma conquista, através de interações e práticas voltadas para uma
verdadeira educação de qualidade integrada no processo de desenvolvimento
infantil.
Toda
a escola deve ter definida, para si mesma e para a sua comunidade escolar, uma
identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a
ação pedagógica cotidiana. Conforme Freire, as situações-limites não podem ser
identificadas como obstáculos, mas sim como algo para ser trabalhado.
Considerações Finais
Assim,
concluem-se que para um professor estar à frente dos alunos deve estar sempre
equipado com boas leituras, planejamento, domínios dos conteúdos e motivação,
transmitindo confiança e curiosidade aos alunos para poder mediar
a construção do conhecimento.
Sabemos o quanto é importante o
conhecimento da realidade em que cada um de nossos alunos se encontra. Pois só
conhecendo essa realidade, vamos poder contribuir de forma mais significativa
em sala de aula, por que na verdade o que é refletido no ambiente escolar é a
realidade trazida pelo educando de casa. Para que nossa educação seja uma
educação para a liberdade e de qualidade, precisamos unir a escola e família em
um mesmo objetivo, que é a educação, só assim obteremos resultados positivos.
Para um
bom trabalho em sala de aula, devemos ter um planejamento e um conhecimento
prévio do que os alunos já sabem, pois assim será mais fácil aprender e ensinar. Também é fundamental que
as famílias trabalhem junto com a escola, principalmente valores como respeito
e responsabilidade.
Nós como educadores, devemos respeitar os
limites dos alunos também, pois cada um tem um ritmo diferente. Precisamos usar
estratégias para que façam além do que é pedido, tenham vontade de aprender
mais. E nós também temos a capacidade de
fazer algo a mais, seja em sala de aula, em casa ou no próprio trabalho.
Eu,
Ivan Saggin, um futuro profissional da área da educação, acredito que
aprendemos com erros, dificuldades e acertos. Esse estágio final, na verdade foi um
desafio que me mostrou que na parte
teórica é mais fácil, porém na parte prática é bem mais difícil, mas com muita
ajuda da parte docente do Polo e da Escola, me senti capaz de alcançar meus
objetivos com muito esforço.
Bibliografia
AHMAD,
Laila Azize Souto. Planejamento na Educação Infantil: Uma construção mediada
pela coordenação pedagógica no núcleo de Educação Infantil IPE Amarelo.
Curitiba, PUC,2011.
CORSINO,
Patrícia. Educação Infantil: cotidiano e políticas. Organizado por Patrícia
Corsino. Campinas, SP: Autores associados, 2009.
FILHO PARENTE, José. Planejamento
Estratégico na Educação. Brasília: Plano, 2001
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros
escritos. 2° ed..Rio de Janeiro/ RJ, Paz e Terra, 1977.
FREIRE,
Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização:
leitura do mundo leitura da palavra; tradução Lolio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
Planejamento
com principal ferramenta educativa. http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/planejamento-principal-ferramenta-educativa.htm
PPP
da Escola Municipal de Ensino Básico Egdio Véscia.
VASCONCELLOS,
Celso S. Planejamento: projeto de
ensino-aprendizagem e político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.
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