segunda-feira, novembro 20, 2017

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

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[Atividade 01]

Pergunta 1 / 2.5

Disserte sobre a herança socrática no pensamento platônico.

Sua Resposta:

Platão, que na juventude tornou-se discípulo de Sócrates, viu nos ensinamentos do mestre, elementos que o fizera questionar a educação aristocrática que recebera e os males da sociedade ateniense de sua época.
A busca pela verdade e pela razão, pontos importantes do pensamento socrático, definirão a rota utilizado por Platão em seus diálogos, ao indicar um caminho para uma educação e um Estado virtuosos.
Essa educação política (educação para a vida na pólis) era um dos objetivos de Sócrates que Platão também irá buscar.
A forma como Platão escreveu obras como O Banquete e A República, através de diálogos, não deixa de ser uma influência socrática, uma vez que este buscava, através do diálogo, extrair de seu interlocutor o conhecimento que estava dentro dele e precisava vir à luz, método esse denominado maiêutica.

Resposta esperada: O ponto central dessa análise sobre o pensamento platônico refere-se à tentativa de encontrar uma solução para o problema do conhecimento. A filosofia platônica se delineia a partir da tentativa de encontrar solução para o problema do conhecimento.



Pergunta 2 / 2.5
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Como Platão concebe os ideais de homem virtuoso e de Estado justo? Quais as implicações desses ideais para a concepção platônica de Paideia Justa?

Sua Resposta:
O homem virtuoso, para Platão, seria aquele que conseguisse, através do uso da razão, caminho para a verdade, dominar os vícios e a alma colérica. Ele ilustra que a alma concupiscente está ligada ao corpo no baixo ventre, assim como a alma colérica está ligada ao tronco/coração e a alma racional está ligada à cabeça. Cabe a esta última conduzir, através da sabedoria e da coragem e prudência, o indivíduo para chegar à condição de homem virtuoso.

Essa mesma ideia se vinculará à política na tentativa de conceber um Estado justo. Esse Estado seria formado pelos artesãos, que deveriam desenvolver a temperança. Os guardiões, além da temperança, também deveriam buscar desenvolver a coragem e a prudência, qualidades essenciais para a atividade guerreira. Caberia, por último, aos governantes, a cabeça da pólis, desenvolver a sabedoria e a razão para serem aplicadas no bem público.
A construção de um Estado justo, por homens virtuosos, notadamente guiada pela sabedoria e razão, seria alcançada por uma Paidéia justa, modelo de educação que recusaria a base nas poesias épicas e procuraria pavimentar um novo caminho pautado no domínio da palavra e da razão como valores de conhecimento, almejando assim, formar bons cidadãos e bons governantes.
Resposta esperada: Trata-se de comentar sobre a teoria da alma (psyché), na qual a pedagogia se fundamenta, e o ideal de homem vigoroso a ser almejado por ela, a reforma moral e política de Atenas, que requer uma redefinição de Justiça, e, por fim, os desafios éticos e políticos. Um ponto a se destacar é que a justiça, para Platão, precisa ter o olhar reeducado por meio do Bem, o Bom, o Belo e o Justo. Outro ponto é a ideia de Estado justo, que precisa da reforma da cultura e educação de seu tempo.



Pergunta 3 / 2.5

Estabeleça algumas relações entre a alegoria da caverna e o programa educativo platônico. Dê um exemplo de como a alegoria da caverna poderia estar presente em algumas situações educativas nos dias de hoje.

Sua Resposta:

A alegoria da caverna ilustra a ideia educativa de Platão, cujo objetivo seria tirar o indivíduo da posição em que só vê as sombras e não conhece o real, a verdade e levá-lo a um novo lugar, no qual possa contemplar a realidade e permanecer buscando a verdade, libertando-se da escuridão e chegando à luz, através do conhecimento.
Esse caminho até a verdade é dramático e doloroso, mas inevitável, assim como o caminho da ignorância ao conhecimento também requer esforço e sacrifícios. É quase como um parto, uma conversão para uma nova vida.
Tal alegoria pode ser representada, por exemplo, em um aluno de alfabetização da EJA (Educação para Jovens e Adultos), que mergulhado nas sombras do analfabetismo, passa a vislumbrar novos caminhos e novas possibilidades ao aprender a dominar a leitura e a escrita e se liberta da caverna rumo ao novo, através da sabedoria e da razão. Esse processo é difícil e penoso, assim como é para o homem que sai da caverna, mas recompensador e transformador.

Resposta esperada: Tal alegoria se inicia com a descrição de prisioneiros em uma caverna. Presos totalmente, só enxergam as suas sombras projetadas. Se os prisioneiros saíssem e experimentassem, por exemplo, olhar de outras maneiras e levantar hipóteses, seria o olhar do pensamento do mundo. A alegoria também associa a sua teoria do conhecimento e pressupõe a formação interior compreendida pelo ideal de Paideia Justa. Pode-se dar como exemplo as possibilidades de novas metodologias que estimulam o pensar, o conhecimento e a resolução de problemas.


Pergunta 4 / 2.5
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Qual a provável diferença entre o pensamento platônico e o pensamento socrático no que se refere às suas concepções pedagógicas? Explique.

Sua Resposta:

Sócrates, na busca constante do conhecimento, por ser este algo sempre inacabado, não se via como um mestre ou professor, ideia bastante evidenciada quando disse: "conhece-te a ti mesmo" e "Sei que nada sei". Ele inclusive era um forte opositor dos sofistas, "mestres" que cobravam para ensinar técnicas de retórica, essenciais para a atividade política.Platão, por outro lado, entendia que os filósofos são os verdadeiros mestres dos demais homens e do Estado. Esses filósofos trazem dentro de si um conhecimento que os credencia para ser o modelo a ser seguido e os mediadores entre a sabedoria, a razão e os discípulos que as almejam.Os discípulos, no entender de Platão, devem admirar o filósofo enquanto sábio e seguir seus ensinamentos, aplicando-os ao bem público.
O pensamento platônico prescrevia preparar a percepção das crianças e dos jovens para que acompanhassem o raciocínio científico e o conhecimento matemático e das ciências. Sócrates não se coloca como professor que ensina um conhecimento pronto e acabado, mas aparece com mundo interior, enquanto uma pedagogia da razão. Seria esse um dos pontos que poderiam ser explorados.

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