Atividade para Avaliação
Diante de tudo o que foi indicado na disciplina em relação ao papel do docente frente às novas formas de ensinar e aprender, especialmente proporcionadas pelo uso constante de tecnologias, faça um texto de até três páginas refletindo sobre o seu papel enquanto futuro professor e mediador entre o meio e o estudante, durante o processo de ensino. Em outras palavras, espera-se que você reflita sobre quais aspectos deverão ser levados em consideração durante uma preparação de aula, por exemplo.
Para a avaliação desta atividade serão levados em conta:
- Uso dos materiais disponibilizados na disciplina e/ou de outros textos: 2 pontos de 10.
- Construção da argumentação: 2 pontos de 10.
- Poder de síntese: 2 pontos de 10.
- Coesão do texto: 4 pontos de 10.
RESPOSTA
O PROFESSOR E AS NOVAS FORMAS DE
ENSINAR E APRENDER
O professor é uma das
figuras mais fundamentais na vida de qualquer criança, os anos passarão, e esta
crescerá, se tornará um adulto, vivenciará experiências novas, conhecerá uma
gama de pessoas, seja no ambiente profissional, educacional ou pessoal, mas é
do professor, ou professores, que guardará uma lembrança bastante vívida, pois
é ele quem, nos anos iniciais, faz a mediação do mundo restrito que a criança
tem dentro do ambiente familiar, para um novo mundo, o mundo do conhecimento,
do saber, do aprendizado prazeroso que descortina novas vivências e
experiências e a levará a alcançar um novo patamar social, cognitivo etc.
Diante dessa importância
que o docente tem na vida do aluno, não somente dele, mas na sociedade como um
todo, devido ao papel social que ocupa, o professor precisa encarar os desafios
que estão postos para a educação, de forma a pensar em métodos e propostas de
ensino e aprendizagem na sociedade da informação. Os tempos são outros, o professor
já não é mais o porta voz exclusivo do conhecimento, o único detentor do saber,
que de forma quase messiânica, irá levar esse saber aos seus aprendizes, não, o
professor agora precisa assumir uma posição muito mais de mediador, de
instigador, de ponte entre a vastidão de informações disponíveis nos vários
formatos, eletrônicos ou não, e a construção, a consolidação do conhecimento
por parte de seus alunos, como afirma o professor Assmann:
“Seu
novo papel já não será o da transmissão de saberes supostamente prontos, mas o
de mentores e instigadores ativos de uma nova dinâmica de
pesquisa-aprendizagem.” (ASSMANN, 2000, p.2)
Mudar a forma de ensinar
requer do professor um pensamento crítico em relação à sua metodologia e
eficácia da mesma, requer ainda uma avaliação dos resultados alcançados e uma
percepção das mudanças constantes as quais a sociedade, e o aluno como parte
dela obviamente, passam constantemente. A velocidade com que as transformações
sociais se deram nos últimos anos é extremamente rápida, mudanças
comportamentais e na forma como lidar com a educação e o conhecimento foram
alteradas profundamente com o acesso universal à tecnologia e suas ferramentas
como computadores, tablets, smartphones e outros, além do advento da internet
que traz para as mãos do aluno uma quantidade imensurável de conhecimento e
informações a um click de distância.
Pensando na quantidade e
qualidade das informações disponíveis na internet, por exemplo, o professor
deve pensar em atuar não somente no sentido de solicitar uma pesquisa qualquer,
que tem seu fim nela mesma e não representa nada para o aluno, mas atuar junto
ao aluno de forma a direcioná-lo no uso da rede, de forma que ele possa
aprender a pesquisar, a selecionar as fontes, compará-las, criticá-las e diante
da quantidade, extrair a qualidade da informação que irá contribuir para o seu
crescimento educacional e também como ser humano, como bem nos explica Moran:
“Uma
das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das
fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos
rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher
quais são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente
e da nossa vida. A aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos
do professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma
rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o aluno
a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.” (MORAN, 2000)
Pensando nos equipamentos
tecnológicos e na internet como aliados e não como um inimigo estranho e
difícil de ser controlado, o professor terá ganhos importantes ao estabelecer
uma relação com seu aluno onde este irá compreender que ambos podem trabalhar
juntos, numa relação mais horizontal se comparada ao método tradicional da
escola e da educação que funciona muito mais de forma hierarquizada e de
maneira vertical.
Além da tecnologia, cabe
ao professor também pensar de forma inovadora e ousada e preparar aulas e
atividades que sejam ao mesmo tempo desafiadoras e instigantes e que
proporcionem ao aluno um aprendizado significativo, que tenha relação com o
mundo que o cerca e com suas percepções de realidade, que façam sentido e que o
façam pensar, problematizar e encontrar soluções. A geração atual não comporta
mais atividades e aulas estanques, limitadas somente a cópia de textos na lousa
e resolução de questões sem nenhuma finalidade prática. Cabe ao docente tirar
do aluno um algo mais, fazê-lo ter participação maior no processo de
aprendizagem e construir um conhecimento relevante e sólido.
Não cabe ao professor
pensar que seu aluno não tem nada a acrescentar em seu processo de ensino a
aprendizagem, de que todo seu conhecimento prévio de mundo não lhe será útil,
assim como o docente também não deve temer que o aluno dele não seja capaz de
realizar determinada atividade ou de encarar novos desafios. O professor deve
ser aquele que acredita em seu aluno, que percebe suas potencialidades e
trabalho no sentido de aprimorá-las, fazendo com que o aluno também confie nele
e em si mesmo e possa se libertar das amarras que o impeçam de progredir.
Finalmente, portanto, o
trabalho do professor é um trabalho de renovação e de reinvenção diariamente,
estando sempre atendo ao novo, criando caminhos e construindo pontes ao mesmo
tempo em que destrói barreiras e elimina as dificuldades que impeçam o processo
de ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ASSMANN, Hugo. A metamorfose de aprender na sociedade da
informação. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 7-15, maio/ago. 2000.
MORAN, José. Mudar a forma de ensinar e aprender:
Transformar as aulas em pesquisa e comunicação presencial-virtual. Revista
Interações. São Paulo, 2000. vol V, p. 57-72.
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