quinta-feira, agosto 06, 2020

Os Métodos de Alfabetização que influenciaram a educação Brasileira

 


Quando pensamos na alfabetização, logo nos vemos diante de uma infinidade de métodos, teorias, estudiosos e, portanto, como em tudo na nossa vida o excesso de informação nos atrapalha na escolha de conteúdos.

Isso dá espaço para outra questão antiga, mas que ainda se encontra presente no meio educacional, como alfabetizar? Por onde começar? Pelos nomes das letras, pelos sons das letras, pelas sílabas, por palavras-chaves, por sentenças ou por histórias? Essas são algumas das preocupações em debate entre educadores. São vários os autores que discorrem sobre o assunto, defendem ou criticam teorias, entre eles destacam-se Fernando Capovilla, com sua teoria sobre o método fônico; Telma Weisz, defende sua concepção construtivista e não se pode deixar de discutir também sobre outro conceito de alfabetização o letramento abordado por Emília Ferreiro e Magda Soares.

 Vale ressaltar que essas teorias se encaixam dentro de um mesmo referencial, podendo ser denominadas como linhas pedagógicas ou como as abordagens do processo, sendo que esse referencial comum sempre objetiva a priori: o objeto, o sujeito, ou na interação de ambos. Pode-se considerar 5 abordagens:

  

v  Tradicional – Onde o conhecimento é restrito ao professor, cujo tem o dever de transmitir, e o aluno o dever de decorar, pois só “aprende” aquele que reproduz o conteúdo assim como é dado. Tem como metodologia a aula expositiva, onde o professor apresenta o conteúdo e não considera as diferenças no ritmo de aprendizagem dos alunos.

 

v  Comportamentalista – Tem o conhecimento como base da experiência. A educação tem como propósito nessa abordagem a transmissão cultural, baseada no condicionamento, onde reforça determinado conteúdo, assim como o método de Skinner associado ao behaviorismo, que responde de maneira previsível a certos estímulos.

 

v  Humanista – Díspar do tradicional, onde o centro do conhecimento está no professor sendo o aluno considerado uma tábua rasa, nessa teoria liberdade é palavra chave, o aluno desenvolve sua personalidade de acordo com suas capacidades, o professor não age como transmissor e sim como facilitador da aprendizagem. O aluno determina seu ritmo e auto avalia-se, pois só ele sabe da sua capacidade e objetivo. Não segue uma metodologia específica, cada professor deve analisar a necessidade de cada aluno para desenvolver seu trabalho.

 

v  Cognitivista – Tem Jean Piaget como um dos grandes pensadores dessa linha. O conhecimento é tratado como uma construção contínua, trabalhado a partir do meio, o social. Tudo o que se aprende é assimilado por uma estrutura já existente e provoca uma restruturação. Nesse processo o conhecimento é o meio entre o sujeito e o objeto de estudo. Sociocultural – Essa linha tem como principais teóricos Lev Vygotsky e no Brasil Paulo Freire. O conhecimento é desenvolvido a parti de problematização e do diálogo, para inserir o aluno em sua realidade, a escola é vista como espaço cultural, a aprendizagem acontece com a inter-relação, em debates, analisa-se sua própria existência e vivencia-se em grupos.


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