sexta-feira, setembro 25, 2020

Adaptações ou adequações curriculares para a educação Inclusiva

 Matéria: Adaptações Curriculares para a Educação Inclusiva

Faculdade: Faveni

Pós graduação em: Neuro psicopedagogia – Educação Especial e Inclusiva

Pós graduanda: Raquel Maschetti

 

Notas:

01 - Resumo elaborado com apostila da faculdade e acervo pessoal

02 – Ao compartilhar mencionar a autoria/organização: By Raquel Maschetti

03 – O objetivo e facilitar os estudos e a compreensão do Conteúdo.

 

 

UNIDADE 02

 

ü   ADAPTAÇÕES OU ADEQUAÇÕES CURRICULARES

 

Compreendemos como adaptação curricular ou adequação curricular, toda e qualquer ação pedagógica que tenha a intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos alunos no contexto escolar.

As dificuldades de aprendizagem na escola apresentam-se como um contínuo, compreendendo desde situações mais simples e/ou transitórias – que podem ser resolvidas espontaneamente no curso do trabalho pedagógico – até situações mais complexas e/ou permanentes – que requerem o uso de recursos ou técnicas especiais para que seja viabilizado o acesso ao currículo por parte do educando. Atender a esse contínuo de dificuldades requer respostas educativas adequadas, que abrangem graduais e progressivas adaptações de acesso ao currículo, bem como adaptações de seus elementos (BRASIL, 2001, apud ZANATO, 2017, p. 292).

 

ü   ADAPTAÇÕES CURRICULARES CONSTITUEM:

 

·         Possibilidades de atender as necessidades especificas dos alunos;

·         Inclusão no processo educativo;

·         Efetivação da participação do aluno na programação escolar de forma normal e o mais natural possível;

·         Tornar as adaptações ao currículo escolar apropriadas, respeitando as peculiaridades dos alunos com necessidade especiais (não é a criação de um novo currículo, mas tornar o que já existe o mais: dinâmico, alterável passível de ampliação, para que contemple todos os alunos.

  

ü   PLANEJANDO AS ADAPTAÇÕES:

São modificações progressivas do currículo regular ocorrendo pelo menor tempo, possibilitando assim aos alunos, a participação no ensino aprendizagem de maneira o mais comum possível junto à sua turma.

O planejamento das adaptações curriculares deve ser pensado desde a construção coletiva do projeto pedagógico da escola

Necessita prever e respaldar as adaptações a serem realizadas.

A primeira atuação será descrever no Projeto Político Pedagógico, como marca de identidade, o desejo de fazer da atenção à diversidade uma forma de trabalho da escola que responda às suas necessidades educativas especiais.

Na organização das classes comuns, faz-se necessário prever:

 

[...] flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola [...] (BRASIL, 2001, apud ZANATO, 2017, p. 293).

 

 



 

As práticas escolares devem prioritariamente favorecer o processo de ensino aprendizagem de todos os alunos.

 

ü   ATENDIMENTO AS NECESSIDADES ESPECIAIS DOS ALUNOS:

 

Muitas vezes as adaptações podem contemplar um ou mais itens conforme mencionados a seguir:

o   Avaliação;

o   Conteúdos;

o   Materiais;

o   Metodologias;

o   Objetivos;

o   Temporalidade;

 

ü   PODEM OCORRER EM 03 NIVEIS ESSAS ADAPTAÇÕES:

 

1 – No âmbito do Projeto Pedagógico (Currículo escolar): Medidas de ajustes no currículo geral: Organização Escolares serviços de apoio (condições estruturais).

2- No Currículo desenvolvido em sala de aula: Programação das atividades, organização e procedimentos didáticos pedagógicos.

3 – Nível Individual: primordialmente o foco e no aluno, almejam identificar os fatores que interferem na aprendizagem e atender as necessidades.

 

As adaptações curriculares possibilidade de atender as dificuldades especificas de cada aluno.

 

AS ADAPTAÇÕES CURRICULARES PODEM OCORRER EM 03 NIVEIS

 

Permitem o ingresso, a participação e a permanência de todos na sociedade, identificando as necessidades e implementando ajustes necessários para favorecer a inclusão.

 

As adaptações de grande porte também conhecidas como significativas

 

 

·         Ajustes cuja implementação depende de decisões e de ações técnico-político-administrativas,

 

·         São da competência formal de órgãos superiores da Administração Educacional Pública.

 

·         Cabe as Secretarias Municipais de Educação em conjunto com as unidades escolares, mapear o público que irá precisar das adequações, identificando suas necessidades para cumprir a participação de todos, planejar e implantar as modificações,

 

·         adotar propostas curriculares flexíveis e reorganizar a estrutura e funcionalidade da escola.

 

·         Estabelecer prioridades, categorizando cada modificação em curto, médio e longo prazo para que realmente todas as adequações planejadas sejam realizadas.

 

 

As adaptações de grande porte são de seis tipologias e foram definidas pelos elementos curriculares a que fazem parte como:

 

·         Adaptações de acesso ao currículo: As adaptações de acesso ao currículo consistem em oferecer condições e reformulações nas estruturas físicas do ambiente para mobilidade ou favorecimento de ambientes para aprendizagem, recursos materiais específicos para comunicação ou desenvolvimento da aprendizagem, adaptação de material já existente, formação continuada para os profissionais envolvidos e garantia de ações para manter a interdisciplinaridade na integração de conteúdos entre disciplinas e transdisciplinaridade, ampliando a abordagem e aplicabilidade dos conteúdos.


 ·         Adaptações de objetivos: Aos alunos neurotipicos que não possuem nenhuma ressalva no desenvolvimento e aprendizagem, estes conseguem cumprir os objetivos gerais e padrão oferecido pelo currículo comum. Já os alunos atípicos, vão desenvolver uma dificuldade bem maior para que isso aconteça, por isso se faz necessário a introdução de objetivos específicos que seja de necessidade do aluno que possui alguma restrição, identificando “o que“ este aluno precisa aprender e que seja importante para ele em cada disciplina escolar, e que o mais importante, seja funcional para o seu cotidiano de vida, visando autonomia social.  Cada um aprenderá o que precisa, da forma que precisa e no tempo que necessita, revelando objetivos significativos para a vida e favorecendo a permanência deste de forma igualitária na escola regular.

 ·         Adaptações de conteúdo: As adaptações de conteúdos representam as especificidades dos conteúdos que o aluno necessite, mesmo que para isto alguns conteúdos básicos do currículo regular precisem ser eliminados, lembrando que se um objetivo for retirado do plano de ensino, este conteúdo também será, assim como se algum objetivo for adicionado, este conteúdo também fará parte do processo de ensino aprendizagem. Este aluno precisa ser estimulado pelo professor com um plano educacional individualizado para oportunizar sua aprendizagem.

 ·         Adaptações do método de ensino e da organização didática: Considerando que as adaptações do método de ensino e da organização didática são adaptadas para alguns alunos que precisam de métodos diferenciados de aprendizagem devido suas necessidades educativas, podendo ser uma organização espacial diferenciada na sala, números de alunos compatíveis para que o professor consiga realizar um bom trabalho e desenvolvimento de trabalho integrado entre a educação regular ∕ especial de forma cooperativa entre os professores que fazem parte dessas duas esferas. Estas decisões são de competência político administrativa para propiciar uma classe inclusiva com uma convivência saudável e respeitosa.

 ·         Adaptações do sistema de avaliação: O campo das avaliações é bem complexo e necessita de adaptações do sistema de avaliação, haja vista que já receberam adaptações nos objetivos e conteúdos As adaptações significativas na avaliação estão vinculadas as alterações nos objetivos e os conteúdos, que foram acrescentados no Plano de Ensino ou dele eliminados. Desse modo, influenciam os resultados que levam, ou não, à promoção do aluno e evitam a cobrança de conteúdos e habilidades que possam estar além de suas atuais possibilidades de aprendizagem e aquisição. (BRASIL, 1998, apud DALONSO, 2017, p. 15). A avaliação não pode ser encarada como verificador quantitativo e sim como retomada de conteúdos de forma contínua para reformulações de ações pedagógicas, visando a aprendizagem com cobranças reais e possíveis. Outra adaptação de grande porte é a permanência etária das crianças com os parceiros coetâneos por responsabilidade política administrativas.

 ·         Adaptações de temporalidade: As adaptações de temporalidade são verificadas quanto ao tempo de permanência de cada aluno em determinada série desde que se respeite a faixa etária da classe com um plano de ensino individualizado.

 

Adaptações de pequeno porte (Não Significativas)

 

·      São estas as de competência do professor que devem ser realizadas, para promover a aprendizagem dos alunos que possuem alguma restrição ou que aprendem de forma diferenciada por algum fator.


·       Sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra instancia superior, nas áreas políticas, administrativa, e∕ou técnica.

 

·         As adaptações de pequeno porte devem ser realizadas nos objetivos, nos conteúdos, no método de ensino e organização didática, no processo de avaliação e na temporalidade do processo de ensino aprendizagem para beneficiar os diversos alunos que necessitam de um suporte e os professores inclusivos de forma a atendê-los para onde e como dirigir a ajuda que os alunos necessitam.

 

·         As adaptações de objetivos: adequar os objetivos pedagógicos a real condição do aluno, evidenciando as verdadeiras necessidades e potencialidades, compreendendo toda a diversidade oferecida pelo universo disposto e a potente funcionalidade para a vida deste discente, de acordo com uma escala de prioridade que já foi traçada pelo profissional anteriormente. Pode-se acrescentar ou retirar alguns objetivos de um plano de ensino traçado para todos os parceiros coetâneos em detrimento da realidade do processo de aprendizagem destes alunos que necessitam de algum ajuste com prioridades de objetivos para condições de uma participação produtiva com aquisição de novos conhecimentos essenciais para a vida em sociedade com a ajuda de diversos recursos didáticos alternativos.

 

·         As adaptações de conteúdos vão estar intimamente ligadas à adaptação de objetivos. A partir de objetivos traçados, caminhamos com os conteúdos necessários para cada caso. Uma unidade temática pode ser priorizada, enfatizada, reformulada ou até mesmo eliminada. É de competência de o professor estudar, traçar e estabelecer os conteúdos que serão abordados para cada criança, levando-se em conta sempre a funcionalidade dele na vida que o atendido leva e as condições que ele vive. Depois de traçados os objetivos e elencados os conteúdos a que irá trabalhar com cada estudante, chega a hora do método, ou seja, como tudo irá acontecer.

 

·          Este momento é crucial e de elevada importância já que cada aluno tem suas peculiaridades no desenvolvimento sendo necessário conhecer o público para investir e definir como cada um participará do processo e como cada sujeito aprende de forma efetiva e produtiva, considerando que cada um aprende de uma forma diferente. Será necessária uma análise criteriosa, sinalizando ajustes, retrocedendo ou avançando nas ações pedagógicas, ajustando e selecionando o material a ser trabalhado, refletindo sobre o nível de complexidade e oportunizando técnicas diversificadas para se chegar à adaptação do método de ensino e da organização didática.

 

·         Avaliar é um processo complexo, mais como todas as etapas do processo ensino-aprendizagem receberam seus ajustes, a avaliação também deverá ser favorecida para obtenção de resultados caracterizando a adaptação do processo de avaliação. Segundo Vasconcellos (1995, p. 78) "a avaliação deve atingir todo o processo educacional e social, se quisermos efetivamente superar os problemas".

 

Podemos considerar que os objetivos, conteúdos, método e avaliação sejam parte de um ciclo sem fim quando visamos a aprendizagem, pois consideramos o que seja pertinente aprender (objetivos), o que aprender (conteúdo) e como aprender (método).

 

·         O avaliar seria verificar se todas essas etapas (objetivos, conteúdos e método) aconteceram em conformidade com o processo para atender as necessidades do educando. Caso a resposta seja negativa, a avaliação será um norteador sempre levando em consideração de onde partiu e para onde se quer chegar. A avaliação será um sinalizador para o replanejamento do trabalho do professor e da aprendizagem deste aluno e não um verificador quantitativo, já que o aspecto qualitativo se sobrepõe ao quantitativo.

 ·         O último ajuste seria chamado de adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, relativizando o tempo empregado para aprendizagem de acordo com cada caso, podendo dispensar mais ou menos tempo para cumprir os objetivos previstos no planejamento realizado pelo professor e consolidação dos conteúdos.

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