SABERES DOCENTES E FORMAÇÃO PROFISSIONAL - RESENHA
Maurice Tardif
(Retirado da internet)
Em
Saberes Docentes e Formação Profissional, o autor pode-se conhecer
as pesquisas feitas nessa área nos países mencionados e conhecer as
discussões referente à formação profissional dos professores.
O autor apresenta um panorama das pesquisas educacionais a partir de 90; destaca a avaliação das reformas implantadas até a virada do século com ênfase à formação profissional dos professores e à visão dos saberes; traz ao palco das discussões as experiências existentes na prática pedagógica no mundo anglo saxão e, mais recentemente, nos países europeus.
O autor apresenta um panorama das pesquisas educacionais a partir de 90; destaca a avaliação das reformas implantadas até a virada do século com ênfase à formação profissional dos professores e à visão dos saberes; traz ao palco das discussões as experiências existentes na prática pedagógica no mundo anglo saxão e, mais recentemente, nos países europeus.
Até
a década de 80, as pesquisas não levavam em conta a experiência da
sala de aula e existia uma cisão entre os conhecimentos oriundos da
universidade e a realidade do cotidiano escolar. Na época, os
pesquisadores revelavam suas pesquisas nas descobertas de teorias
encontradas nas bibliotecas de universidades.
Tardif
em suas pesquisas não desconsidera, em hipótese alguma, a relação
dos conhecimentos oriundos das universidades com os saberes extraídos
e produzidos na prática docente. Como pesquisador, seus estudos
defendem essa prática interativa entre saber profissional e os
saberes das ciências da educação. De acordo com o autor, o saber
dos professores é o saber deles e está relacionado com a pessoa e a
identidade deles, com a sua experiência de vida e com a sua história
profissional, com as suas relações com os alunos em sala de aula e,
com os outros atores escolares na escola. Eis a razão do título do
livro, Saberes docentes e formação profissional.
O
livro divide-se em duas partes inter complementares: o saber dos
professores em seu trabalho e o saber dos professores em sua
formação. Na introdução Tardif nos interpela com vários
questionamentos e nos deixa inquietos e curiosos para conhecer as
respostas. Quais os saberes que servem de base ao ofício de
professor? Quais são os conhecimentos, o saber-fazer, as
competências e as habilidades que os professores mobilizam
diariamente, nas salas de aula e nas escolas, a fim de realizar
concretamente as suas diversas tarefas? Qual é a natureza
desses saberes? Como esses saberes são adquiridos? Esses são
alguns exemplos dentre tantos questionamentos apresentados.
Na
primeira parte encontram-se capítulos que esclarecem vários
aspectos referentes aos saberes dos professores e a segunda parte
constituída de três capítulos realiza uma análise dos resultados
das pesquisas sobre os investimentos financeiros e das diretrizes
para a formação do professor.
No
primeiro capítulo “Os professores diante do saber: esboço de uma
problemática do saber docente”, o autor realiza a interlocução
entre saberes sociais e educação, é dado ênfase que o professor é
aquele que sabe alguma coisa e o ensina a alguém. É com muita
propriedade, que Tardif apresenta os quatro saberes que constroem a
profissão docente: os saberes da formação profissional (das
ciências da educação e da ideologia pedagógica), os saberes
disciplinares,os saberes curriculares e os saberes experienciais. É
dada toda a ênfase aos saberes experienciais como aquele que surge
na e pela prática, validados pelo professor e acoplados na
constituição de seu profissionalismo. Nesse capítulo, também é
feita toda uma revisão histórica, definindo os vários papéis
exercidos pelo professor até a “conquista” da autonomia que
começa a exigir do professor novas definições políticas e sociais
na profissão.
“Saberes,
tempo e aprendizagem do trabalho no magistério” é o segundo
capítulo do livro e trata das questões de ordem da transformação
que ocorre com a identidade profissional do professor ao longo dos
anos. Os anos de profissão mudam a identidade profissional, assim
como, a maneira de trabalhar. Nesse sentido, Tardif compactua com
Schön, quando aponta que as aprendizagens profissionais são
temporais e, que à medida que o tempo passa, novas ações surgem a
partir das experiências interiorizadas e reavaliadas. Tem-se o
social como ferramenta de construção do profissionalismo docente.
Para comprovar esse fato as pesquisas dos autores Raymond, Butt e
Yamagishi (1993), de Lessard e Tardif (1996), de Tardif e Lessard
(2000) são apresentadas para exemplificar a construção do
profissionalismo através do coletivo e, várias falas de professores
(sujeitos da pesquisa) ilustram as fases iniciais da carreira e as
transformações oriundas da experiência que se acumula com o passar
dos anos. Ou seja, o professor aprende a trabalhar trabalhando.
Vários aspectos significativos dos saberes experienciais são
apresentados e discutidos ao término do capítulo.
O
terceiro capítulo do livro, “O trabalho docente, a pedagogia e o
ensino:
interações humanas, tecnologias e dilemas”, apresenta uma discussão muito interessante do papel da pedagogia como instrumento de trabalho do professor.
interações humanas, tecnologias e dilemas”, apresenta uma discussão muito interessante do papel da pedagogia como instrumento de trabalho do professor.
Discute
as várias interações que se estabelecem no cotidiano pedagógico e
as ferramentas utilizadas para essa interação. A coerção, a
autoridade e a persuasão fazem parte das tecnologias da interação
e são utilizadas pelo professor no processo pedagógico. O autor
enfatiza que não tem sentido pensar conceitos como Pedagogia,
Didática, Aprendizagem, dentre outros, sem integrá-los às
situações concretas do trabalho docente. Outra observação
realizada com precisão pelo autor, é a diferenciação entre o
trabalho do professor e o trabalho industrial.
Entre
o trabalho pedagógico e o trabalho industrial a diferença reside na
possibilidade de materialização, ou seja, no processo produtivo
industrial a visualização dos resultados é desvelada com mais
rapidez que no trabalho pedagógico.
“Elementos
para uma prática educativa” e “O professor enquanto ‘ator
racional’” são o quarto e quinto capítulos. No quarto capítulo,
o saber do professor é relacionado a alguns estereótipos designados
à profissão docente. O ofício de professor é historiado desde a
Grécia antiga. Na linha histórica do tempo, são apresentados
autores como Platão, Aristóteles e Rousseau. Tardif retrocede na
história e apresente a educação como arte, a educação enquanto
técnica guiada de valores e a educação enquanto interação. No
entanto, esses três aspectos da revisão histórica realizada por
ele não esgotam a discussão e mais oito modelos recentes que
integram a prática pedagógica são apresentados.
No último capítulo da primeira parte, Tardif apresenta porque se distancia da teoria de Schön, visão cognitivista, pois centraliza seus estudos na racionalidade docente, partindo das vivências/experiências que constroem seus saberes profissionais.
No último capítulo da primeira parte, Tardif apresenta porque se distancia da teoria de Schön, visão cognitivista, pois centraliza seus estudos na racionalidade docente, partindo das vivências/experiências que constroem seus saberes profissionais.
A
segunda parte do livro “O saber dos professores e sua formação“
é construída a partir do capítulo seis “Os professores enquanto
sujeitos do conhecimento”, do capítulo sete “Saberes
profissionais dos professores e conhecimentos universitários” e do
capítulo oito “Ambigüidade do Saber docente”.
Nesses
três últimos capítulos o autor discute os trabalhos de pesquisa
(dos professores universitários), juntamente com o trabalho do
professor (professor de ofício). Tardif é enfático ao apontar que
não se pode mais cindir o trabalho do professor da pessoa do
professor. Neste sentido, as universidades, que representam os
grandes centros de pesquisa, precisam considerar o professor como o
principal agente do sistema escolar. É nos ombros do professor que
se encontra a estrutura responsável pela missão
educativa. Portanto, é imprescindível que as pesquisas
científicas de educação considerem o saber-fazer dos
professores.
Tanto na América do Norte quanto na maioria dos outros países de cultura anglo-saxônica (Austrália, Inglaterra, dentre outros) e de forma mais recente em parte da Europa (Bélgica, França, Suíça) a preocupação com o resgate ao valor profissional dos agentes educativos, mas especificamente do professor, tem sido alvo de discussões para fundamentar novas epistemologias ao ofício.
Tanto na América do Norte quanto na maioria dos outros países de cultura anglo-saxônica (Austrália, Inglaterra, dentre outros) e de forma mais recente em parte da Europa (Bélgica, França, Suíça) a preocupação com o resgate ao valor profissional dos agentes educativos, mas especificamente do professor, tem sido alvo de discussões para fundamentar novas epistemologias ao ofício.
Diante
desse fato, Tardif discute a questão da inclusão dos saberes do
professor de ofício (aquele que atua na sala de aula) nas pesquisas
realizadas pelos professores universitários (pesquisadores). O
saber-fazer existente na prática do cotidiano escolar e,
representado naquilo que o autor denomina de subjetividade do
trabalho docente, deve ser incorporado à pesquisa universitária e
aproveitado para a formação de futuros professores. Desta
forma, o autor apresenta alguns modelos implantados em outros países
na formação de futuros professores, como no caso do modelo inglês,
que desde 1992 dois terços da formação inicial foi transferida
para o meio escolar. Talvez utopia para a realidade brasileira, mas
vale a pena observar os resultados dessa iniciativa.
Nas
considerações finais, Tardif apresenta a discussão das reformas
implantadas no sistema educacional norte-americano e canadense e a
diferença entre o real e o ideal para a consolidação de uma
formação docente almejada. Mesmo nos países desenvolvidos os
investimentos financeiros não são suficientes para atender ao
desejo da reforma, assim como, proporcionar aos professores das
universidades as devidas horas para que pudessem acompanhar os alunos
da formação inicial nos projetos e pesquisas no interior dos muros
escolares.
CONCLUSÃO
Fica
o desafio para superar ou amenizar aquilo que o próprio autor
apresenta em um dos capítulos: existe a forte disputa e divisão na
profissão docente e que fere a si mesma. Na profissão docente os
professores se criticam entre si; os professores do ensino médio
criticam as competências dos professores do ensino fundamental,
estes reclamam dos professores da educação infantil e dos
professores da universidade alegando que estes últimos vivem em
redomas de vidro (mas precisamente em redomas de livros e teorias).
Para enaltecer e resgatar o valor da docência faz-se necessário à
coesão entre as diferentes categorias de ensino, para juntas
discutir e melhorar o ofício que se tem em comum. É um livro que os
interessados nos debates Saberes Docentes e FormaçãoProfissional
não podem deixar de conhecer. Essa leitura nos aproxima dos dilemas
educacionais da profissão docente apresentando várias reflexões e
alternativas para a realidade pedagógica e para as pesquisas
universitárias.
Resultado final : 4.0
ResponderExcluirCONTEXTOS BRASILEIROS
1. A OFERTA DE CAPITAL NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS, DESTINANDO-SE AO INVESTIMENTO EM MERCADOS COM POTENCIAL DE CRESCIMENTO;
• expansão do mercado consumidor interno, com linhas de crédito e maior oferta de produtos industriais; e o aumento das exportações com novos produtos industriais, são características de qual fenômeno que marcou o final da década de 1960 e início de 1970 na economia brasileira?
• O milagre econômico.
• O PAEG.
•
2. A GLOBALIZAÇÃO PROVOCOU UM GRANDE DESLOCAMENTO DE POPULAÇÕES DE PAÍSES DE ECONOMIA EM DESENVOLVIMENTO,
• à procura de postos de trabalho, para os países desenvolvidos. Quais foram as conseqüências dessa migração em busca de trabalho?
• Os trabalhadores estrangeiros, em sua maioria, entram nos países desenvolvidos de forma ilegal e são obrigados a aceitar péssimas condições de trabalho e salários abaixo do salário dos nacionais.
• Houve uma total absorção dos trabalhadores estrangeiros pelas economias desenvolvidas.
•
3. AO ASSUMIR A PRESIDÊNCIA, LULA ENCONTROU UM PAÍS EM VIAS DE RETORNAR AO PROCESSO INFLACIONÁRIO E UMA ECONOMIA EM RECESSÃO.
• Que medidas tomou para mudar esse quadro?
• Pôs em prática um austero plano econômico, comandado pelo ministro da Fazenda Antonio Palocci.
• Pediu moratória e parou de pagar a dívida externa do Brasil.
•
4. A ERA MODERNA CONSTRÓI UM CENÁRIO ESPECÍFICO E SE IDENTIFICA COM ELE, O QUE É TÍPICO DA VIDA QUE SERÁ DESENVOLVIDA PELAS SOCIEDADES CAPITALISTAS.
• Qual alternativa apresenta, corretamente, alguns aspectos desse cenário?
• Mitos, superstições e civilidade.
• Cidade, comércio e ciência.
• Ambiente rural, agrário e razão.
cidade, comercio e ciência
ExcluirA
ExcluirProva online Robson, 3 pontos
ResponderExcluirFUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS DO ENSINO DE GEOGRAFIA
1. Qual é o clima predominante da Região Norte?
• Subtropical.
• Equatorial.
• Semiárido.
• Tropical.
2. Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao ensino de Geografia no primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
• O professor deve levar em consideração a percepção do aluno em relação ao espaço onde ocorre a alfabetização.
• O professor deve orientar seus alunos na representação da vivência, que diz respeito à localização do espaço e tempo.
• É importante que os alunos consigam representar o ambiente que os cercam, relacionando elementos culturais e naturais.
• Os alunos, no primeiro ciclo, são capazes de diferenciar elementos de ambientes, como a zona rural e a zona urbana.
3. Segue abaixo:
• Na atualidade, diferentes formas de abordar e ensinar a História e a Geografia estão relacionadas com as modificações que essas disciplinas sofreram no decorrer dos séculos XIX e XX. Marque a alternativa que melhor apresenta o caminho percorrido por elas.
• As abordagens de caráter marxista pouca influência tiveram na modificação de uma postura mais tradicional na elaboração no estudo da História e da Geografia que era oferecido aos nossos estudantes.
• As mudanças ocorridas na elaboração de novas teorias históricas são um fenômeno particular, inerente a essa disciplina, e em nada se relacionam com o momento e as mudanças sofridas pela Geografia, ainda que simultaneamente.
• Durante o século XIX, a partir da definição do que é habitualmente considerado alta cultura e refinamento, o estudo da História se definiu basicamente por compreender as obras sacras e a arte europeia.
• Nas décadas de 1960 e 1970, sob o domínio militar, e com o nome de Estudos Sociais, a História e a Geografia contribuíram para a elaboração do espírito nacionalista e do desenvolvimento de ideias de caráter moralizante e cívicas.
4. LEIA:
• Em nossos estudos sobre a Geografia da Percepção, compreendemos que a ______________ é a condição básica da percepção, necessitando de um órgão corporal para se realizar.
Indique a palavra que completa o pensamento acima.:
• sensação
Resultado final : 3.0
ResponderExcluirHISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
1. SOBRE O IRAQUE CONTEMPORÂNEO, É POSSÍVEL SE DIZER QUE:
• travou uma guerra contra o Irã nos anos 1970 para implantar naquele país uma república fundamentalista islâmica.
• se encontra sob ocupação norte-americana, legalmente autorizada pela ONU, devido ao fato do país buscar desenvolver armas de destruição de massa.
• foi invadido e ocupado ilegalmente pelos EUA e seus aliados, situação na qual ainda hoje seencontra.
• jamais foi apoiado pelos EUA, que viram no país, desde sempre, um aliado potencial dos grupos terroristas.
2. O FIM DA GUERRA FRIA ESTÁ ASSOCIADO AO COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO. TAL EVENTO LEVOU A UMA NOVA TENDÊNCIA MUNDIAL QUE FOI:
• a decadência da Alemanha no cenário mundial, após sua unificação.
• a formação de diversos novos países, desestabilizando a economia mundial.
• o total fim dos países socialistas no mundo.
• os EUA como única potência mundial.
3. SOBRE A MODERNIZAÇÃO OCORRIDA NA EUROPA ENTRE O INÍCIO DO SÉCULO XX E A ECLOSÃO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 -1918), É CORRETO AFIRMAR QUE:
• resultou em sistemas políticos democráticos onde inexistiam restrições ao direito de votar e ser votado.
• é marcada pela importância cada vez maior das atividades industriais em detrimento das agrícolas.
• era caracterizada pela predominância da população urbana em relação à rural em todo continente.
• marcou o encerramento da importância política das antigas elites de origem nobre, cuja renda provinha de propriedades fundiárias rurais e urbanas.
4. SOBRE A VIGÊNCIA DO GOVERNO DE JOSEF STALIN NA URSS (1924-1953), É CORRETO AFIRMAR QUE:
• foram feitos intensos esforços para ampliar ainda mais a participação popular na política.
• observou-se rigorosamente os direitos e liberdades dos cidadãos a partir da promulgação da constituição de 1936.
• deu-se permanente ênfase à produção de bens de consumo a fim de aumentar a popularidade do governo.
• instaurou-se o “culto à personalidade” do líder máximo da URSS, o ditador Josef Stalin.
Gostaria da resposta da questão número 4 da prova de historia ciontemporânea
ExcluirGostaria da resposta da questão número 4 da prova de História contemporânia
ExcluirResultado final : 4.0
ResponderExcluirMETODOLOGIA DA PESQUISA
1. A metodologia de um projeto de pesquisa apresenta
• uma proposta de análise e interpretação para a solução dos problemas detectados.
• os autores a serem consultados na análise dos resultados, com seus respectivos referenciais teóricos
• a forma com que se organizam os dados em uma pesquisa.
• as técnicas e instrumentos de coleta, organização e análise dos dados.
2. As principais técnicas da pesquisa de campo em educação são
• observação neutra e entrevista semi-estruturada.
• observação e entrevista.
• entrevista estruturada e questionário.
• entrevista semi-estruturada discursiva e entrevista estruturada.
3. Na pesquisa em educação, as modalidades da pesquisa qualitativa são
• censitária, estatística e intuitiva.
• documental, bibliográfica e de campo.
• de campo, oficial e experimental.
• experimental, factual e estatística.
4. As principais preocupações do trabalho de pesquisa em educação são
• relevância social e científica.
• rigor científico e descrição da realidade.
• rigor metodológico e extrema neutralidade de interpretação.
• relevância científica e demonstração de verdades.
Obrigada por sua colaboração e pela visita, volte sempre!.
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